Quarta, 27 de abril de 2016

(At 15,1-6; Sl 121[122]; Jo 15,1-8) 
5ª Semana da Páscoa.

Esse texto da 1ª leitura é muito importante para entendermos como as soluções de problemas na Igreja passa por um processo de consulta para manter a unidade. Retorna o problema dos pagãos e dos judeus convertidos. A antiga tradição de Moisés sobre a circuncisão estava tão religiosa e culturalmente presente que a novidade cristã não conseguiu dar-lhe ainda uma nova compreensão. Veremos o desfecho amanhã. É importante que compreendamos a estrutura hierárquica com que a nossa Igreja nasceu e como sobrevive a sua unidade, ao mesmo tempo perceber como o cristianismo foi se adaptando ao longo do tempo para cristianizar as realidades.  

É por causa dessa unidade que Jesus traz a imagem da videira e dos ramos para que compreendamos como esse permanecer nele, na reflexão de suas palavras, vai nos ajudando a encontrar o caminho que buscamos de sermos fieis ao carisma daquele que nos chamou à fé e ao Seu seguimento. “A tarefa mais importante do discípulo é permanecer em Jesus. A permanência é a condição para poder dar frutos. O ramo só pode dar frutos se permanecer preso à videira. Permanecer em Jesus significa, segundo a metáfora, ficar imbuído do espírito e do amor de Jesus. Assim como o ramo recebe a seiva da videira, assim flui dentro de nós o amor de Jesus manifestado na sua morte de cruz. Trata-se de um permanecer mútuo. Nós devemos permanecer em Jesus. E então ele permanecerá em nós impregnando-nos com o seu amor” (Anselm Grun, “Jesus, porta para a vida”).

Pe. João Bosco Vieira Leite