(At 15,1-6; Sl 121[122]; Jo 15,1-8)
5ª Semana da Páscoa.
Esse texto da 1ª
leitura é muito importante para entendermos como as soluções de problemas na
Igreja passa por um processo de consulta para manter a unidade. Retorna o problema
dos pagãos e dos judeus convertidos. A antiga tradição de Moisés sobre a
circuncisão estava tão religiosa e culturalmente presente que a novidade cristã
não conseguiu dar-lhe ainda uma nova compreensão. Veremos o desfecho amanhã. É
importante que compreendamos a estrutura hierárquica com que a nossa Igreja
nasceu e como sobrevive a sua unidade, ao mesmo tempo perceber como o
cristianismo foi se adaptando ao longo do tempo para cristianizar as
realidades.
É por causa dessa
unidade que Jesus traz a imagem da videira e dos ramos para que compreendamos
como esse permanecer nele, na reflexão de suas palavras, vai nos ajudando a
encontrar o caminho que buscamos de sermos fieis ao carisma daquele que nos
chamou à fé e ao Seu seguimento. “A tarefa mais importante do discípulo é
permanecer em Jesus. A permanência é a condição para poder dar frutos. O ramo
só pode dar frutos se permanecer preso à videira. Permanecer em Jesus
significa, segundo a metáfora, ficar imbuído do espírito e do amor de Jesus.
Assim como o ramo recebe a seiva da videira, assim flui dentro de nós o amor de
Jesus manifestado na sua morte de cruz. Trata-se de um permanecer mútuo. Nós
devemos permanecer em Jesus. E então ele permanecerá em nós impregnando-nos com
o seu amor” (Anselm Grun, “Jesus, porta para a vida”).
Pe. João Bosco Vieira
Leite