(At 5,17-26; Sl 33[34]; Jo 3,16-21)
2ª Semana da Páscoa.
O modo de viver a fé a partir da novidade que despontava no cristianismo devia ser anunciada, apresentada como
proposta para os tempos novos. Extraordinariamente os apóstolos são colocados
em liberdade para proclamar as maravilhas realizadas por Deus. Os saduceus, os
chefes da religião judaica ainda não se deram conta que estão lutando com algo
maior que eles e que não podem deter ou conter, pois o processo já foi iniciado
com a ressurreição de Jesus.
No diálogo que prossegue com Nicodemos,
Jesus aprofunda ainda mais o sentido de sua morte: o amor de Deus pela
humanidade. A fé nessa realidade muda tudo, o modo de ver e viver a vida nesse
mundo. O tema da luz é particularmente desenvolvido no evangelho de João desde
o seu início; constantemente retomado vai criando uma “trilha” para o
significado de Jesus, do seu ensinamento e das consequências daqueles que vivem
a partir desse ensinamento: também se tornam luz, e Deus transparece em seu
agir: “A fé nos abre os olhos para que conheçamos a verdade, para que a nossa
escuridão se dissolva e nossa existência se clareie. A fé é o caminho pelo qual
participamos da vida eterna, da salvação que Jesus trouxe e do amor que é a
causa de todo o ser e também a cauda da vinda de Jesus a este mundo. O leitor
do evangelho de João deve reconhecer agora em todas as palavras e atos de Jesus
o amor de Deus. Se ele se deixar inundar por esse amor, a sua vida será
transformada” (Anselm Grun, “Jesus, porta para vida”).
Pe. João Bosco Vieira Leite