(Gn 37,3-4.12-13.17-28; Sl 104[105]; Mt 21,33-43.45-46) 2ª Semana da Quaresma.
“Disseram entre si: ‘Aí vem o
sonhador!’” Gn 37,19.
“A seção conclusiva do Livro do
Gênesis (caps. 37-50) narra os acontecimentos da descendência de Jacó (cf. Gn
37,2). Embora não possa ser esquecido o papel de Judá, do qual provém a tribo
destinada à realeza, um lugar de primeira importância está reservado a José e à
sua sabedoria. Nas várias tradições ele aparece como o homem que interpreta os
sonhos, graças ao poder divino (cf. Gn 40,8; 41,16.38), mas também o homem
hábil no governo do Egito, e que vive com as peripécias dos seus irmãos (cf. Gn
42,9; 44,5-15). [Compreender a Palavra:] O texto narra a história de José,
filho de Jacó e da sua esposa preferida Raquel, quando os irmãos invejosos do
seu papel na família e dos seus sonhos procuram eliminá-lo. Ruben faz de modo
que José não seja morto, para poder mandá-lo para junto do pai, mas não pode
impedir que os irmãos o vendam a uns mercadores de passagem. Estes, por sua
vez, levam-no para o Egito. José, tornado pela sua sabedoria colaborador
estreito do faraó do Egito, em vez de se vingar, será aquele que abastecerá de
alimentos os seus irmãos durante uma terrível carestia. A narração inteira põe
em evidência a ação de Deus, o qual guia invisivelmente os acontecimentos
humanos e sujeita aos Seus desígnios inclusive os projetos malvados dos homens.
José é conduzido para o Egito pela Providência divina para se tornar instrumento
de salvação da sua família e do seu povo” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Quaresma
- Páscoa] – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite