Quinta, 15 de fevereiro de 2024

(Dt 30,15-20; Sl 01; Lc 9,22-25) Depois das Cinzas.

“O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia” Lc 9,22.

“Desde que começou a acolher discípulos ao redor de si, Jesus jamais teve a intenção de criar falsas esperanças nos corações deles. Suas palavras e ações davam pistas para compreensão de sua identidade. Mesmo assim, os discípulos corriam o risco de fazer uma falsa imagem de Jesus e nutrir expectativas infundadas a seu respeito. O modo de o Mestre falar e agir despertava a aversão em alguns grupos religiosos de sua época. Estes não podiam suportar que Jesus estivesse tão próximo de Deus e se relacionasse com ele, de maneira tão familiar. A formação teológica, que receberam, não comportava um fato deste gênero. Para eles, por ser Santo, Deus mantinha-se suficientemente afastado dos seres humanos. Era um ser inacessível. Jesus não se intimidava pela imagem que esses grupos religiosos tinham a seu respeito. Pelo contrário, seguiu em frente, agindo com toda liberdade, apesar da animosidade de seus inimigos crescer em intensidade. O Pai confiara uma missão e ele a cumpria a qualquer custo. Foi, então, que Jesus começou a alertar seus discípulos para o destino que o esperava: sofrer muito, ser rejeitado, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar. Quem se dispusesse a se tornar discípulo, deveria estar disposto a percorrer o mesmo caminho. – Senhor Jesus, ajuda-me a carregar, com coragem e perseverança, todos os dias de minha vida, a cruz que aceitei por teu amor (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas). 

Pe. João Bosco Vieira Leite