(Tg 1,12-18; Sl 93[94]; Mc 8,14-21) 6ª Semana do Tempo Comum.
“Então
Jesus os advertiu: ‘Prestai atenção e tomai cuidado com o fermento dos fariseus
e com o
fermento de Herodes” Mc
8,15.
“Jesus
procurava precaver seus discípulos contra certas posturas farisaicas, indignas
de um discípulo do Reino. Algumas correntes do farisaísmo haviam tomado rumos
que Jesus desaprovava. Eles eram vítimas de vedetismo, fazendo suas ações para
terem o reconhecimento popular. Padeciam também da hipocrisia, pois seu
exterior não correspondia ao seu interior. Por isso eram falsos quando davam
demonstração de piedade. Tinham um apego exagerado às Escrituras, que eram
interpretadas a seu bel-prazer, mesmo falseando-lhes o sentido. Nutriam
profundo desprezo por quem não era ‘perfeito’ como eles, e acabavam formando um
grupo hermético de pretensos puros e santos. Os discípulos de Jesus também
corriam o risco de serem contaminados por este mau espírito, o fermento dos
fariseus. Era preciso estar atento. Outra mentalidade contra a qual era preciso
precaver-se foi designada como o ‘fermento de Herodes’. Esse rei era conhecido
por sua megalomania, crueldade, impiedade, tirania e arrogância. Todas essas
atitudes indignas dos discípulos do Reino, embora estes possam ser tentados a
se deixar arrastar por elas. A conduta do discípulo deve estar permeada pelo
‘fermento de Jesus’. É olhando o Mestre que os discípulos saberão como ser
fiéis à própria fé. – Senhor Jesus, guarda-me do fermento do mundo, que
pode contaminar meu coração, impedindo-me de ser fermento por ti e pelo teu
Espírito” (Pe.
Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] -
Paulinas).
Pe. João
Bosco Vieira Leite