(1Rs 12,26-32; 13,33-34; Sl 105[106]; Mc 8,1-10) 5ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus mandou que a multidão se sentasse no chão. Depois pegou os sete
pães e deu graças, partiu-os
e ia dando aos seus discípulos, para que os distribuíssem. E eles
distribuíam ao povo” Mc 8,6.
“Há exegetas que interpretam a
multiplicação dos pães como uma ordem dada por Jesus aos discípulos para que
dividissem suas reservas com os presentes. Von Iersel tem toda razão quando
afirma que tal interpretação ‘relegaria a narração ao cotidiano trivial de
pessoas que esqueceram de trazer seu lanche’ (Iersel, 156). Não se trata de uma
situação cotidiana e sim de um fato extraordinário, ou seja, da epifania
secreta da glória de Deus. É necessário que o pão seja partido para que
inúmeras pessoas possam comê-lo. Trata-se de uma referência à morte de Jesus e
à última ceia, em que Jesus parte o pão, usando esse gesto como símbolo de sua
morte. A morte de Jesus é para os homens a fonte da vida. Nela não há falta de
comida. Nela eles recebem pão e peixe, o alimento para o corpo e alma” (Anselm Grün – Jesus, Caminho para a
Liberdade – Loyola).
Pe. João Bosco Vieira Leite