Segunda, 05 de fevereiro de 2024

(1Rs 8,1-7.9-13; Sl 131[132]; Mc 6,53-56) 5ª Semana do Tempo Comum.

“Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas

para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava” Mc 6,55.

“A vida missionária de Jesus foi bastante tumultuada. Ele não conseguia passar despercebido. Sua presença atraia multidões de pessoas, vinda em busca de cura para seus males. E ninguém era despedido sem ter recebido a graça desejada. Em meio a tantas solicitações, Jesus era desafiado a não perder o rumo da missão, pois estava cercado de perigos. A afluência das massas carentes podia dar origem ao orgulho e levá-lo a esquecer que estava a serviço do Pai. Ou então, podia levá-lo a esquecer que o poder recebido do Pai para realizar ações poderosas sinalizaria a presença do Reino e não autopromoção. Ou ainda, que sua missão não se resumia em fazer milagres, motivo de glória e reconhecimento, antes, era um caminho de sofrimento e de cruz para ser trilhado. O movimento frenético das multidões não enganava Jesus. Ele tinha consciência de ser procurado, porque transmitia, gratuitamente e sem discriminação, o dom da vida e não por sua condição de enviado do Pai. Talvez, a mentalidade popular identificasse Jesus como um taumaturgo ambulante, incapaz de levar o povo a dar o salto qualitativo da fé. Mas a fé era uma exigência para ser beneficiado pelo poder taumatúrgico de Jesus. Como, então, ser possível controlar a fé das multidões? Sem dúvida, Jesus se deixava mover por pura misericórdia. Não podia manter-se insensível e intransigente, diante do quadro desolador de multidões abandonadas. – Senhor Jesus, que eu sirva com amor gratuito e generoso a quem precisa de mim, sem perde de vista minha condição de servidor do Reino (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite