Quarta, 07 de fevereiro de 2024

(1Rs 10,1-10; Sl 36[37]; Mc 7,14-23) 5ª Semana do Tempo Comum.

“A rainha de Sabá, tendo ouvido falar – para a glória do Senhor – da fama de Salomão,

veio prová-lo com enigmas” 1Rs 10,1.

“Chegada a Jerusalém, porventura da península arábica, para estipular algum acordo comercial, a rainha de Sabá encontra-se com o rei Salomão. Admira as riquezas e, sobretudo, a sabedoria do rei. Concedida pelo Senhor depois de a ter pedido (cf. 1Rs 3,5-15; 5,9-14), a sabedoria manifesta-se como arte de saber governar bem (exercer o direito e a justiça), para o bem de todo o povo (ápice de todo o discurso: vv. 7-9). [Compreender a Palavra:] Pelo fato de Sabá, nalguns textos do Antigo Testamento, se ter tornado símbolo dos povos que se convertem ao verdadeiro Deus (cf. Is 60,6; Sl 71,10), a sua memória perdura no tempo, como também a recordação do esplendor de Salomão. O que mais impressiona é a excepcional sabedoria do rei de Jerusalém, que consiste não só em conhecer muitas coisas (sabedoria como saber), como também em ser capaz de orientar a sua vida e a dos outros para o verdadeiro bem, o que dá sentido à vida e a protege de todas as formas de mal e de morte violenta (sabedoria como sabor da vida). Esta é a verdadeira e fundamental sabedoria para qual todos devem tender, especialmente os que desempenham responsabilidades sociais e governamentais. Ela habilita a pessoa a orientar a barca da vida em direção ao porto seguro da relação com Deus, cuja Palavra é, de resto, a única fonte da autêntica sabedoria (cf. Sl1,1-2)” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 1] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite