Quinta, 29 de fevereiro de 2024

(Jr 17,5-10; Sl 01; Lc 16,19-31) 2ª Semana da Quaresma.

“Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico” Lc 16,20.

“O excesso de riqueza faz o coração humano tornar-se insensível ao sofrimento alheio. O pecado, neste caso, consiste em não se dar conta de que existem outras pessoas cuja sobrevivência depende de um gesto generoso e solidário. Jesus buscou abrir o coração dos discípulos para a sensibilidade e a misericórdia. A parábola do homem rico, sem misericórdia, sublinha o destino reservado a quem vive em função de desfrutar os bens deste mundo. Naquela mesa farta, havia lugar apenas para o rico e seus convidados. A preocupação de apresentar-se com roupas luxuosas desviava sua atenção do pobre que jazia à sua porta. Entre o homem rico e o pobre Lázaro, havia pessoas encarregadas de mantê-los devidamente separados. Por isso, o pobre não podia nem mesmo comer o refugo da mesa do rico. Todavia, essa situação se inverteu na hora da morte. O prazer do rico tornou-se sofrimento, e o sofrimento do pobre consolação. A tranquilidade do rico converteu-se em tribulação, e a tribulação do pobre, em felicidade. A segurança do rico mudou-se em desespero, e a insegurança do pobre, em salvação. Os discípulos de Jesus devem precaver-se contra a tendência de fechar os olhos para quem jaz na sarjeta do mundo, fazendo-se solidários com os Lázaros sentados à sua porta. – Senhor Jesus, cria em mim um coração sensível, capaz de fazer-se solidário com quem jaz à minha porta, esmolando um pouco de amor (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano B] - Paulinas).    

Pe. João Bosco Vieira Leite