Sexta, 17 de novembro de 2023

(Sb 13,1-9; Sl 18ª[19]; Lc 17,26-37) 32ª Semana do Tempo Comum.

“Como aconteceu nos dias de Noé, assim também acontecerá nos dias do Filho do Homem” Lc 17,26.

“Ao alertar os discípulos sobre a Parusia – a vinda do Filho do Homem –, Jesus retoma antigas histórias onde o gozo materialista da vida impedia que a humanidade se desse conta dos apelos prementes de Deus. O dilúvio destruiu a Terra porque a humanidade levava uma vida dissoluta, vivendo na corrupção e na violência. Alheios aos anseios de Deus, ‘comiam, bebiam, casavam-se’, até que veio a destruição total. O destino de Sodoma deveu-se à semelhante insensatez. Contaminados pelos vícios e pela maldade, os sodomitas levavam uma vida de pecado e dissolução – ‘comiam, bebiam, vendiam, compravam, plantavam. Construíam’ –, prescindindo, por completo, da vontade divina. O gesto da mulher de Lot foi também recordado como exemplo de apego inútil à posse de bens terrenos. Lot e todos os seus familiares foram proibidos de olhar para trás ao se afastarem da cidade pecadora. Mas sua mulher, apegada ao que estava deixando, desobedeceu a ordem divina. Por isso foi castigada. Desta volta ao passado, Jesus tirou uma conclusão: ‘Quem procura ganhar a sua vida, vai perde-la, e quem a perde, vai conservá-la’. Portanto, supervalorizar os bens terrenos, julgando encontrar neles segurança e salvação, é uma atitude indigna do discípulo do Reino. A preparação para o encontro com o Senhor exige desapego, partilha, relativização dos bens deste mundo, de modo que seu coração fique totalmente disponível para Deus – Pai, dá-me suficiente sensatez para não buscar segurança e salvação nos bens deste mundo, pois só as encontro junto de ti, na obediência fiel à tua vontade (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite