Quinta, 30 de novembro de 2023

(Rm 10,9-18; Sl 18[19ª]; Mt 4,18-22) Santo André, apóstolo.

“Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. [...] Jesus disse a eles: ‘Segui-me, eu farei de vós pescadores de homens’” Mt 4,18-19.

“Jesus escolheu seus apóstolos de preferência entre os pescadores. E o primeiro a ser chamado a seguir o Messias foi exatamente André, irmão mais velho de Pedro, dois pescadores. Com André respondeu ao chamado João, ambos discípulos do Batista. Foi o austero profeta quem apontou aos discípulos o Messias no homem de Nazaré que transitava perto das águas do Jordão. André e João não perderam tempo; seguiram Jesus, que se afastava, limitando-se a perguntar: ‘Onde moras?’ Um modo insólito de travar conhecimento, mas claro nas intenções de passar das fileiras do precursor às do esperado Messias. A André cabe ainda o mérito de ter levado a Jesus o irmão Pedro, que lhe passará adiante na consideração do Mestre, mas não tanto, visto que os evangelistas o colocam sempre logo após o irmão. Deixando de lado o elenco, o Evangelho acena três vezes ao apóstolo André: na multiplicação dos pães, quando ainda uma vez se faz de apresentador, conduzindo a Jesus um menino com poucos pães de cevada e alguns peixes; depois, de novo apresentador, quando se faz intermediário entre alguns forasteiros que em Jerusalém se dirigiram a André para serem apresentados a Jesus; finalmente, quando um pedido seu induz Jesus a predizer o fim inglório e trágico de Jerusalém. André é mencionado entre os apóstolos no cenáculo depois da Ascensão. Durante a vida pública de Jesus, ele viveu quase à sombra do irmão, fiel e silencioso ‘operário da vinha’, sem outra pretensão que a ser útil e sem pedir, depois de Pentecostes, uma posição diretiva, em razão de ter sido o primeiro a se pôr no seguimento do Messias. Faltando outras notícias diretas sobre a obra missionária de André, não resta se não confiar no que escreve Orígenes; segundo ele, o apóstolo teria evangelizado a Cítia (região entre o Danúbio e o Don), o Ponto Euxino, a Capadócia, a Galacia e a Bitínia, para passar depois a Acaia, onde logo sofreria o martírio com a crucifixão, em uma cruz em forma de X, chamada por isso ‘cruz de Santo André’. Suas relíquias, transportadas em 357 para Constantinopla, chegaram imprevistamente, segundo a tradição a Amalfi. Em 1462, o crânio do mártir foi levado a Roma, para a basílica de São Pedro” (Mario Sgarbosa – Os santos e os beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente – Paulinas). 

Pe. João Bosco Vieira Leite