(1Mc 1,10-15.41-43.54-57.62-64; Sl 118[119]; Lc 18,35-43) 33ª Semana do Tempo Comum.
“Então o cego gritou: ‘Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim’” Lc 18,38.
“Jesus é aclamado como Messias
pelo cego de Jericó, pois o título que lhe dá de ‘Filho de Davi’ era um título
claramente messiânico; tendo sido realizado o milagre, a multidão reafirma o
título dando glória a Deus. Em tudo isso manifesta-se a fé do cego: nem bem lhe
dizem que quem se aproxima é Jesus de Nazaré, deixa escapar o grito cheio de
esperança: ‘Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim’, com que expressava sua
fé no poder de Jesus, poder que lhe vinha da messianidade, pois ele era o
‘Filho de Davi’, isto é, o Messias. A fé do cego, uma vez curado, leva-o à
comunidade; a multidão ao ver a glória de Deus e a maravilha operada por Jesus,
‘deu glória a Deus’ (v. 43). A fé sempre conflui para a comunidade dos crentes;
como a salvação, é vinculada à comunidade dos crentes, quanto mais alguém se
aproxima da comunidade, mais se aproxima da salvação. Você deve deduzir daí a
importância que tem o sentido comunitário que você deve dar à sua fé, e como
deve viver sua fé na comunidade, com a comunidade e para a comunidade. Graças à
fé, o cego mereceu a cura, como expressamente adverte Jesus: ‘Tua fé te salvou’
(v. 42). A fé salvou o cego e pode salvar você, sempre que ela for como a do
cego: confiante, firme e perseverante. A gratidão do cego é também digna de
admiração: assim que recebeu a graça pedida de recuperar a vista, seguia Jesus,
glorificando a Deus’ (v. 43). Quantas e quantas graças você recebeu do Senhor;
veja quantos motivos para segui-lo e glorificar sua bondade” (Alfonso Milagro – O Evangelho
meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe. João Bosco Vieira Leite