Sábado, 25 de novembro de 2023

(1Mc 6,1-13; Sl 9A[9]; Lc 20,27-40) 33ª Semana do Tempo Comum.

“Aproximaram-se de Jesus alguns saduceus que negam a ressurreição, e lhe perguntaram: ‘Mestre, Moisés deixou escrito: ‘Se alguém tiver um irmão casado e este morrer sem filho, deve casar-se com a viúva a fim de garantir a descendência para seu irmão’” Lc 20,27-28.

“A questão levantada pelos saduceus visava fazer Jesus passar por tolo. Eles pensavam enredá-los numa pergunta impossível de ser respondida e, assim, acusá-lo de pregar uma doutrina sem fundamento. Com isso, queriam desautorizá-lo como Mestre.  Os saduceus formavam a casta sacerdotal de Jerusalém. Controlavam as atividades do templo, especialmente a enorme circulação de dinheiro, e o comércio. Aliaram-se aos dominadores romanos como forma de garantir seus benesses. Quanto à moral, eram relaxados; quanto à religião, conservadores. Aceitavam como divinos e inspirados apenas a Torá, os cinco primeiros livros da Bíblia. A história matrimonial que forjaram baseava-se na chamada Lei do Levirato, prescrita pelo Deuteronômio. Para acompanhar a resposta de Jesus, seus interlocutores deveriam refletir, tendo como referencial um esquema teológico ao qual estavam acostumados. Deviam superar a ideia de que a procriação humana continua no Céu, onde as pessoas vivem numa felicidade perfeita, sem as vicissitudes humanas. Deviam ler com mais atenção a parte da Bíblia à qual estavam apegados e verificar que ela fala de um Deus de vivos e não de mortos. Deviam deixar de lado um modo de pensar falso e sofisticado, sem fundamento. Pois, se Deus vive e é Deus dos vivos, aqueles aos quais ele ama haverão de viver, igualmente, para sempre. Tal é o fundamento da ressurreição dos mortos. – Pai, és Deus da vida e Deus dos vivos, e queres todos os seres humanos em comunhão contigo para sempre. Ajuda-me a viver, já nesta vida, em comunhão eterna (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite