(Rm 1,16-25; Sl 18[19ª]; Lc 17,37-41) 28ª Semana do Tempo Comum.
“Eu não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma
força salvadora de Deus para todo aquele que crê, primeiro para o judeu, mas
também para o grego” Rm
1,16.
“Paulo se
dirige aos cristãos de Roma, colocando Jesus e seu Evangelho em linha de
continuidade com as promessas de Deus na história do povo judeu. É que Jesus se
apresenta dentro de uma situação cultural concreta, bem definida; faz parte da
tradição do povo de Israel, que é também o povo ao qual o próprio Paulo
pertence. Mas Paulo não aprisiona o Evangelho nos estreitos limites da tradição
religiosa na qual foi educado. Ele declara que tem muito a agradecer a gregos e
bárbaros, a sábios e ignorantes, que o ajudaram de algum modo a compreender e
expressar com mais profundidade sua própria fé. Por isso é capaz de superar as
barreiras de sua cultura e anunciar o Evangelho a judeus e não-judeus,
descobrindo que Deus não é propriedade particular de um grupo. Deus quer salvar
a todos. Nem se poderia esperar outra coisa. Para que o outro creia é preciso
antes de mais nada que seja acolhido e respeitado. E não será surpresa
encontrar muitos que se tornam ateus porque rejeitaram um Deus muito estreito,
muito pouco generoso, apresentado por gente que crê, mas não se abre ao largo
horizonte do Pai de todos. Paulo nos faz refletir como anunciamos o Evangelho e
que imagem transmitimos da salvação que Jesus nos trouxe e que é para todos.
Para muitos de nossos irmãos a única mensagem da salvação que lhes chega é a
que transmitimos com nossa palavra e com o exemplo de nossa vida. – Dá-nos,
Jesus, a graça de anunciar teu Evangelho com generosidade e abertura para
todos. Não nos deixes ser pedra de tropeço para o irmão que busca, a seu modo,
a resposta às aspirações profundas que são um apelo do Pai. Amém” (Luiz Demetrio Valentini e
Zeldite Burin – Graças a Deus [1995] – Vozes).
Pe.
João Bosco Vieira Leite