(Rm 6,12-18; Sl 123[124]; Lc 12,39-48) 29ª Semana do Tempo Comum.
“Não ofereçais mais vossos membros ao pecado como armas de iniquidade.
Pelo contrário, oferecei-vos a Deus como pessoas vivas, isto é, como pessoas
que passaram da morte à vida, e ponde vossos membros a serviço de Deus como
armas de justiça” Rm 6,13.
“Paulo tira as conclusões do que
afirmou na primeira parte do capítulo (cf. Rm 6,1-11): por meio do Batismo, os
crentes são associados ao acontecimento pascal de Cristo, libertados do domínio
do pecado e habilitados a caminhar numa novidade de vida. Do indicativo da
salvação passa agora ao imperativo ético, por meio do qual os crentes são
interpelados a explicitar, na própria vida, o estatuto de que foram
gratuitamente beneficiados. [Compreender a Palavra]: Paulo tinha declarado os crentes
‘mortos para o pecado’, pois foram alcançados por um acontecimento de graça, o
Batismo, que os tornou participantes da Páscoa de Cristo (cf. Rm 6,2-4). Agora
torna claro que esse acontecimento de graça não atua de forma mágica nos
indivíduos, mas coloca em movimento o dinamismo responsável. Embora ‘mortos
para o pecado’, os crentes devem fazer que o pecado ‘não reine’ nos seus
‘corpos’ e nos seus ‘membros’ (vv. 12-13). Estes termos denotam a exterioridade
da pessoa, biblicamente considerada como uma unidade, um sujeito que se exprime
através da sua atuação. Os crentes são assim chamados a fazer transparecer, com
opções responsáveis e contínuas, o seu estatuto, colocando-se ao serviço da
justiça e fazendo da vontade de Deus o centro profundo do seu agir e das suas
opções” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo
Comum – Vol. 2] – Paulus).