Quarta, 25 de outubro de 2023

  (Rm 6,12-18; Sl 123[124]; Lc 12,39-48) 29ª Semana do Tempo Comum.

“Não ofereçais mais vossos membros ao pecado como armas de iniquidade. Pelo contrário, oferecei-vos a Deus como pessoas vivas, isto é, como pessoas que passaram da morte à vida, e ponde vossos membros a serviço de Deus como armas de justiça” Rm 6,13.

“Paulo tira as conclusões do que afirmou na primeira parte do capítulo (cf. Rm 6,1-11): por meio do Batismo, os crentes são associados ao acontecimento pascal de Cristo, libertados do domínio do pecado e habilitados a caminhar numa novidade de vida. Do indicativo da salvação passa agora ao imperativo ético, por meio do qual os crentes são interpelados a explicitar, na própria vida, o estatuto de que foram gratuitamente beneficiados. [Compreender a Palavra]: Paulo tinha declarado os crentes ‘mortos para o pecado’, pois foram alcançados por um acontecimento de graça, o Batismo, que os tornou participantes da Páscoa de Cristo (cf. Rm 6,2-4). Agora torna claro que esse acontecimento de graça não atua de forma mágica nos indivíduos, mas coloca em movimento o dinamismo responsável. Embora ‘mortos para o pecado’, os crentes devem fazer que o pecado ‘não reine’ nos seus ‘corpos’ e nos seus ‘membros’ (vv. 12-13). Estes termos denotam a exterioridade da pessoa, biblicamente considerada como uma unidade, um sujeito que se exprime através da sua atuação. Os crentes são assim chamados a fazer transparecer, com opções responsáveis e contínuas, o seu estatuto, colocando-se ao serviço da justiça e fazendo da vontade de Deus o centro profundo do seu agir e das suas opções” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).


Pe. João Bosco Vieira Leite