(Rm 4,13.16-18; Sl 104[105]; Lc 12,8-12) 28ª Semana do Tempo Comum.
“Pois nessa hora o Espírito Santo vos ensinará o
que deveis dizer” Lc
12,12.
“Jesus
procurou inculcar nos seus discípulos uma confiança total na ação do Espírito
Santo. Tal confiança seria necessária, em vista dos desafios que iriam
encontrar no exercício da missão, e da consequente exigência de uma corajosa
confissão da fé. O Espírito Santo ajudá-los-ia a encontrar a palavra correta,
quando fossem levados aos tribunais. Movidos por esta força divina, estariam em
condições de testemunhar, com ousadia, a própria fé. A esta palavra de conforto
segue uma outra, de séria advertência. Ai do discípulo que fraquejar e, numa
hora de aperto, renegar sua fé, por não estar aberto à ação do Espírito. Suas
perspectivas de discípulo infiel serão sombrias e preocupantes: O Filho do
Homem irá renega-lo, quando comparecer diante de Deus. Tratando-se de recusa a
deixar-se mover pelo Espírito Santo, seu gesto será considerado blasfêmia
contra ele. E para este pecado não se prevê perdão. Quem conhece Jesus apenas
em sua dimensão humana, não chegando a aderir a ele pela fé e tornar-se seu
discípulo, e até mesmo vir a falar contra ele, poderá ser perdoado. Tudo se
passa diversamente com que é discípulo, que chegou a reconhecer a messianidade
de Jesus e sua íntima união com o Espírito Santo, por meio do qual opera
milagres. Se disser algo contra Jesus, terá também proferido uma blasfêmia
contra o Espírito Santo que age nele. Portanto, renegar Jesus é também renegar
o Espírito; deixar-se instruir pelo Espírito é predispor-se para dar testemunho
corajoso de Jesus. – Pai, seja eu instruído pelo Espírito Santo, para
estar sempre pronto a dar testemunho corajoso de minha fé em teu Filho Jesus” (Pe. Jaldemir Vitório, sj
– O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).
Pe. João
Bosco Vieira Leite