Segunda, 9 de outubro de 2023

(Jn 1,1—2,1.11; Sl Jn 2; Lc 10,25-37) 27ª Semana do Tempo Comum.

“Na minha angústia clamei por socorro, pedi vossa ajuda do mundo dos mortos e vós me atendestes” Jn 2,3.

“O livro da Bíblia é também o sentimento das pessoas humanas. Sendo assim, não ignora as angústias que tanto fazem parte da nossa condição. A angústia é tratada na Bíblia também como adversidade, dor, aflição, tribulação e temor. Ninguém está livre de pequenos e grandes momentos de angústia. A pessoa religiosa, porém, sofre a angústia, mas não se desespera, não perde a esperança. Até, pelo contrário, é na tribulação que mais se exercita na confiança ao Senhor Deus. O Antigo Testamento está repleto de exemplo de pessoas que encontraram a serenidade em meio à dor, invocando o Senhor na confiança. Os salmos são fartos nisso. ‘Invoca-me, no dia da angústia e eu te livrarei’ (Sl 50,15). ‘No dia da minha angústia busquei o Senhor’ (Sl 77,3) é como inicia este salmo. Depois, vai-se lembrando das maravilhas que Deus fez pelo povo. ‘Você clamou na opressão e eu o libertei’ (Sl 81,8) é o próprio Senhor que faz recordar tudo o que já fez pelo povo de Israel. Hoje também tanta gente vive na angústia, atribulada pelas mais diversas situações. São Paulo lembra que o próprio Cristo sofreu angústia, mas encontrou força no Pai. E logo escreveu que o amor é maior, e angústia alguma poderá nos separar do amor de Deus (cf. Rm 8,35). Por amor a Cristo ele até se alegra na tribulação (2Cor 12,10). Finalmente, Paulo é claro: ‘Tudo posso no Senhor que me conforta’ (Fl 4,13) – Senhor, nos momentos de angústia, vem em meu socorro. Faze-me alegre na esperança, confiante na oração e paciente na tribulação. Ajuda-me a estender a mão e dizer uma palavra de conforto a tantos irmãos que sofrem. Amém (Luiz Demetrio Valentini e Zeldite Burin – Graças a Deus [1995] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite