(Ne 8,1-12; Sl 18[19]; Lc 10,1-12) 26ª Semana do Tempo Comum.
“Eis que vos envio como cordeiro no para o meio de
lobos” Lc 10,1-12.
“Como fizera com os Doze, Jesus instruiu os setenta
e dois discípulos enviados, dois a dois, a preparar sua passagem a caminho de
Jerusalém. Servidores do Reino, competia-lhes dispor as pessoas para acolher o
Mestre e sua mensagem, deixando-se converter para Deus. Tarefa difícil, se
considerarmos que os discípulos se encontravam em território samaritano, cuja
hostilidade contra os judeus era assaz conhecida. Por isso, as instruções de
Jesus insistem em apresentar as dificuldades que deverão enfrentar. Eles serão
‘como cordeiros entre lobos’. Estarão em condições de desigualdade, podendo ser
vítimas fatais da agressão dos habitantes das cidades que iriam visitar.
Portanto, a missão exige apóstolos destemidos. Deveriam contar com a
possibilidade de verem sua saudação de paz recusada. O augúrio de paz, na
mentalidade bíblica, era uma expressão eficaz, suficiente para fazer a salvação
acontecer na vida de seu destinatário. Mas, caso a paz fosse desejada a alguém
indigno dela, seria como se o augúrio não tivesse sido pronunciado. Os
apóstolos deveriam também saber superar a experiência de rejeição. Nada de
perder tempo com estéreis tentativas de conversão. Com um gesto simbólico –
sacudir a poeira das sandálias – deixariam claro que a cidade seria entregue à
condenação divina. Por ter sido incapaz de acolher o anúncio do Reino, a sorte
desta cidade fechada à hospitalidade ao Messias seria pior que a de
Sodoma. – Pai, que a perspectiva de dificuldades a serem encontradas no
apostolado não me faça recuar da missão de preparar o mundo para acolher teu
Filho Jesus” (Pe. Jaldemir Vitório, sj
– O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano A] - Paulinas).
Pe.
João Bosco Vieira Leite