Terça, 30 de agosto de 2022

(1Cor 2,10-16; Sl 144[145]; Lc 4,31-37) 

22ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus o ameaçou, dizendo: ‘Cala-te e sai dele!’ Então o demônio lançou o homem no chão,

saiu dele e não lhe fez mal nenhum” Lc 4,35.

“A desarticulação dos esquemas do espírito mau fazia parte do ministério de Jesus. Vítima das forças demoníacas, o ser humano via-se privado de sua dignidade e reduzido à condição de inimigo de Deus. A libertação tornava-se uma exigência premente. Em todas as circunstâncias em que se defrontou com alguém subjugado pelo espírito mau, Jesus não se furtou em socorrê-lo. Assim aconteceu com homem possuído por um espírito impuro, encontrado na sinagoga de Cafarnaum. Não deixa de ser contraditória a presença de um possesso na assembleia litúrgica sinagogal, em dia de sábado. Tem-se a impressão de que ele foi lá só para defrontar com o ‘Santo de Deus’. Foi a maneira como se dirigiu a Jesus. O demônio constatou a inexistência de pontos em comum entre ele e Jesus. Aliás, pensou que este nada teria a ver com ele. Enganou-se! Ele está na mira do ‘Santo de Deus’ para ser arruinado e ser obrigado e pôr fim à opressão imposta aos seres humanos. Estava chegando ao fim sua liberdade de ação. Doravante, iria defrontar-se com o Messias, o qual se colocaria sempre na defesa da pessoa que estivesse fragilizada por sua ação maligna. O Mestre agiu com severidade, servindo-se da autoridade e do poder recebido do Pai. E o homem, livre da opressão demoníaca, pode finalmente associar-se à assembleia cultual. – Espírito que desarticula o poder do mal, liberta todos os que vivem subjugados pelas forças malignas e, assim, impedidos de reconhecer o amor de Deus, manifestado em Jesus (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite