(1Cor 2,10-16; Sl 144[145]; Lc 4,31-37)
22ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus o ameaçou,
dizendo: ‘Cala-te e sai dele!’ Então o demônio lançou o homem no chão,
saiu dele e não lhe
fez mal nenhum” Lc 4,35.
“A desarticulação dos
esquemas do espírito mau fazia parte do ministério de Jesus. Vítima das forças
demoníacas, o ser humano via-se privado de sua dignidade e reduzido à condição
de inimigo de Deus. A libertação tornava-se uma exigência premente. Em todas as
circunstâncias em que se defrontou com alguém subjugado pelo espírito mau,
Jesus não se furtou em socorrê-lo. Assim aconteceu com homem possuído por um
espírito impuro, encontrado na sinagoga de Cafarnaum. Não deixa de ser
contraditória a presença de um possesso na assembleia litúrgica sinagogal, em
dia de sábado. Tem-se a impressão de que ele foi lá só para defrontar com o
‘Santo de Deus’. Foi a maneira como se dirigiu a Jesus. O demônio constatou a
inexistência de pontos em comum entre ele e Jesus. Aliás, pensou que este nada
teria a ver com ele. Enganou-se! Ele está na mira do ‘Santo de Deus’ para ser
arruinado e ser obrigado e pôr fim à opressão imposta aos seres humanos. Estava
chegando ao fim sua liberdade de ação. Doravante, iria defrontar-se com o
Messias, o qual se colocaria sempre na defesa da pessoa que estivesse
fragilizada por sua ação maligna. O Mestre agiu com severidade, servindo-se da
autoridade e do poder recebido do Pai. E o homem, livre da opressão demoníaca,
pode finalmente associar-se à assembleia cultual. – Espírito que
desarticula o poder do mal, liberta todos os que vivem subjugados pelas forças
malignas e, assim, impedidos de reconhecer o amor de Deus, manifestado em Jesus” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).