Quarta, 31 de agosto de 2022

(1Cor 3,1-9; Sl 32[33]; Lc 4,38-44) 22ª Semana do Tempo Comum.

“Ao pôr do sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males os levaram a Jesus.

Jesus colocava as mãos em cada um deles e os curava” Lc 4,40.

“A vida aqui na terra tem um prazo de validade, que achamos extremamente curto, e esse prazo já curto se corta pela metade ou mesmo até no próprio início com acidentes ou graves doenças. Por esse motivo, ao longo da história, curandeiros se passam por médicos e não poucos médicos amariam ser curandeiros. Aumentar o prazo de validade ou, pelo menos, eliminar aquilo que poderia diminuí-lo é, assim, uma busca permanente da humanidade. Jesus, portanto, fazendo curas, acendeu o explosivo rastilho da esperança no mundo em que a doença encontrava aliados operantemente fiéis na miséria do povo e nas limitações da medicina da época. E qual o porquê dessa atividade? Em primeiro lugar deu provas de que Ele era o Messias prometido. Aqui estava um poder contrapondo-se à dor, à dissolução e à morte. Em segundo lugar estava demonstrando a força do amor. De fato, Jesus tinha compaixão daquelas multidões e não somente pena. E a lição para nós cristãos? Bom, a lição da fé: Jesus é o encarnado Filho de Deus, que veio para nos livrar das dores e da morte. E essa lição primeira é, sem dúvida alguma, a essencial, a definitiva, a ‘sine qua non’ em todo o nosso relacionamento com Deus. E, como acontece em todos os ramos do saber, a lição definitiva também tem seus desdobramentos. Sendo assim, temos a lição do amor e, nesse caso, uma lição não apenas imaginária, mas sobretudo espiritual porque é o Espírito Santo que nos leva à prática do amor, à busca da cura do nosso próximo. – Senhor Deus todo poderoso, abre nossos olhos para a responsabilidade social e política em relação ao nosso povo tão carente em recursos para lhe dar alívio e, se possível, cura de seus permanentes males. Em nome do grande curador e ressuscitador: Jesus. Amém (Martinho Lutero Hoffmann – Meditações para o dia a dia [2015] Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite