(Ez 24,15-24; Sl Dt 32; Mt 19,16-22)
20ª Semana do Tempo Comum.
“Jesus respondeu: ‘Se
tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens,
dá o dinheiro aos
pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me’” Mt 19,21.
“O jovem rico,
preocupado com a salvação eterna, tropeçou numa exigência colocada por Jesus,
tendo em vista alcançar a perfeição: desfazer-se de todos os haveres, dar aos
pobres a quantia arrecadada, e tornou-se seu discípulo. Em que sentido este é
um caminho de perfeição? A mera submissão aos mandamentos era insuficiente para
demonstrar uma autêntica ruptura com o egoísmo, único empecilho para se chegar
à salvação. Em muitos casos, os mandamentos eram cumpridos exteriormente, não
abrindo o coração humano para a solidariedade. Por isso, Jesus desafiou o jovem
a dar mostras cabais de seu desejo de trilhar os caminhos da santidade. A prova
proposta pelo Mestre era suficiente para mostrar como Deus e o próximo eram o
absoluto no coração daquele jovem. O absoluto de Deus seria patenteado na
capacidade de mostrar-se livre diante dos bens, a ponto de desfazer-se deles.
Só quem tem o coração centrado em Deus, é capaz de um gesto deste porte. O
absoluto do próximo, identificado com os pobres, manifesta-se na solidariedade
com quem nada possui, vive na indigência, dependente da solidariedade alheia. O
caminho para perfeição passa pela liberdade de coração, em relação aos bens
deste mundo, para buscar Deus e solidarizar-se com os mais pobres. É assim que
se chega à vida terna. Mas o jovem rico se recusou a percorrer o caminho.
– Espírito de liberdade e solidariedade, que o apego aos bens deste
mundo não me impeça de trilhar o caminho da perfeição indicado por Jesus” (Pe. Jaldemir
Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] -
Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite