Segunda, 15 de agosto de 2022

(Ez 24,15-24; Sl Dt 32; Mt 19,16-22) 

20ª Semana do Tempo Comum.

“Jesus respondeu: ‘Se tu queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens,

dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me’” Mt 19,21.

“O jovem rico, preocupado com a salvação eterna, tropeçou numa exigência colocada por Jesus, tendo em vista alcançar a perfeição: desfazer-se de todos os haveres, dar aos pobres a quantia arrecadada, e tornou-se seu discípulo. Em que sentido este é um caminho de perfeição? A mera submissão aos mandamentos era insuficiente para demonstrar uma autêntica ruptura com o egoísmo, único empecilho para se chegar à salvação. Em muitos casos, os mandamentos eram cumpridos exteriormente, não abrindo o coração humano para a solidariedade. Por isso, Jesus desafiou o jovem a dar mostras cabais de seu desejo de trilhar os caminhos da santidade. A prova proposta pelo Mestre era suficiente para mostrar como Deus e o próximo eram o absoluto no coração daquele jovem. O absoluto de Deus seria patenteado na capacidade de mostrar-se livre diante dos bens, a ponto de desfazer-se deles. Só quem tem o coração centrado em Deus, é capaz de um gesto deste porte. O absoluto do próximo, identificado com os pobres, manifesta-se na solidariedade com quem nada possui, vive na indigência, dependente da solidariedade alheia. O caminho para perfeição passa pela liberdade de coração, em relação aos bens deste mundo, para buscar Deus e solidarizar-se com os mais pobres. É assim que se chega à vida terna. Mas o jovem rico se recusou a percorrer o caminho. – Espírito de liberdade e solidariedade, que o apego aos bens deste mundo não me impeça de trilhar o caminho da perfeição indicado por Jesus (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite