(Na 2,1.3; 3,1-3.6-7; Sl Dt 32; Mt 16,24-28)
18ª Semana do Temo Comum.
“Porque o Filho do
Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos,
e então retribuirá a
cada um de acordo com a sua conduta” Mt 16,27.
“Na realidade Deus
não julga ninguém. Cada um se julga por aquilo que fez. O julgamento está
dentro de nós. Cada um sabe claramente o que fez de bem e de mal. O grande
julgamento não será feito de atos isolados, mas de uma vida global, uma vida
inteira. Acima de tudo o julgamento será realizado perante a realidade da vida.
Viver é o destino de todos. Nascemos, crescemos, vamos caminhando para o
amadurecimento de nosso existir na terra, tendo como destino ser vida plena.
Nascemos para não mais morrer. Somos eternos desde o nosso nascimento. Deus é
vida. Deus é eternidade da vida. Somos sua imagem, por isso, nossa vocação é a
eternidade. A pessoa é marcada pela busca da vida ou pela destruição de si
mesma. O agir humano é ser vida, cuidar da vida, gerar vida. Ser a favor da
vida e cuidar da vida em sua globalidade é ser parceiro de Deus na construção
de um universo para a vida. Nossa vida é mais que um corpo. É mente, corpo e
espírito. É uma vida global que deve crescer. Ser corpo sadio é libertar-se dos
vícios que diminuem a vida física, é dever de todos. Ser uma mente sadia,
desenvolver a criatividade e as potencialidades da mente é crescer na direção
do Criador. Desenvolver-se como ser espiritual, como pessoa que necessita
ligar-se com todos os seres humanos e com Deus, que necessita amar e ser amado,
que necessita construir a harmonia própria, é crescer na totalidade. Realizar o
destino, ser vida e vida plena, caminhar na direção do Deus da vida, é fazer do
próprio julgamento um momento de festa. A festa da vida. – Meu Deus,
que minha vida de cada dia seja o meu julgamento. Que em cada ato faça crescer
a vida em mim. Que eu viva diante de um permanente espelho para que eu possa
perceber a verdade dos meus atos. Que eu possa em morte rezar: ‘entrego a minha
vida a ti, Senhor’. Amém” (Wilson João Sperandio – Graças
a Deus [1995] – Vozes).