Sexta, 05 de agosto de 2022

(Na 2,1.3; 3,1-3.6-7; Sl Dt 32; Mt 16,24-28) 

18ª Semana do Temo Comum.

“Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos,

e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta” Mt 16,27.

“Na realidade Deus não julga ninguém. Cada um se julga por aquilo que fez. O julgamento está dentro de nós. Cada um sabe claramente o que fez de bem e de mal. O grande julgamento não será feito de atos isolados, mas de uma vida global, uma vida inteira. Acima de tudo o julgamento será realizado perante a realidade da vida. Viver é o destino de todos. Nascemos, crescemos, vamos caminhando para o amadurecimento de nosso existir na terra, tendo como destino ser vida plena. Nascemos para não mais morrer. Somos eternos desde o nosso nascimento. Deus é vida. Deus é eternidade da vida. Somos sua imagem, por isso, nossa vocação é a eternidade. A pessoa é marcada pela busca da vida ou pela destruição de si mesma. O agir humano é ser vida, cuidar da vida, gerar vida. Ser a favor da vida e cuidar da vida em sua globalidade é ser parceiro de Deus na construção de um universo para a vida. Nossa vida é mais que um corpo. É mente, corpo e espírito. É uma vida global que deve crescer. Ser corpo sadio é libertar-se dos vícios que diminuem a vida física, é dever de todos. Ser uma mente sadia, desenvolver a criatividade e as potencialidades da mente é crescer na direção do Criador. Desenvolver-se como ser espiritual, como pessoa que necessita ligar-se com todos os seres humanos e com Deus, que necessita amar e ser amado, que necessita construir a harmonia própria, é crescer na totalidade. Realizar o destino, ser vida e vida plena, caminhar na direção do Deus da vida, é fazer do próprio julgamento um momento de festa. A festa da vida. – Meu Deus, que minha vida de cada dia seja o meu julgamento. Que em cada ato faça crescer a vida em mim. Que eu viva diante de um permanente espelho para que eu possa perceber a verdade dos meus atos. Que eu possa em morte rezar: ‘entrego a minha vida a ti, Senhor’. Amém (Wilson João Sperandio – Graças a Deus [1995] – Vozes).

 Pe. João Bosco Vieira Leite