(2Cor 10,17—11,2; Sl 148; Mt 13,44-46)
Santa Rosa de Lima.
“O reino dos céus
também é como um comprador que procura pérolas preciosas” Mt 13,45.
“Nesta parábola, o
único aspecto que muda é o cenário; agora é um negociante, um comerciante de
pérolas preciosas e raras. Ambas as pérolas têm uma meta comum, uma mesma
finalidade. O negociante não poupa viagens nem incômodos para adquirir a pérola
preciosa encontrada. O ensinamento doutrinal desta parábola é semelhante ao da
parábola anterior: a solicitude pelo Reino. É preciso deixar tudo que é terreno
para conseguir o quer é divino. A atitude do comerciante, que vende tudo e se
desapega de tudo para conseguir a pérola encontrada, é o ensinamento formal da
parábola. Chegamos, pois, a uma condição essencial para a aquisição do Reino: o
desprendimento diligente e alegre das riquezas e de todo bem terreno: amarras
que atam e impedem o Reino de Deus em nós. O Reino exige renúncia total. A
renúncia à matéria tem seu prêmio: a posse de Deus. – Vivência: Guarde em sua
alma a graça do Senhor. É essa a pérola preciosa com a qual você poderá obter o
Reino dos céus. Com que ímpeto buscaríamos o tesouro do Reino, se conhecêssemos
seu verdadeiro valor! Lembre-se que você não poderá rechear seu coração com
nada deste mundo. Só Deus é capaz de atender-lhe plenamente os desejos e
aquietar-lhe as ansiedades. ‘Nosso coração está inquieto – dizia Santo
Agostinho – e não terá paz enquanto não descansar em ti’. Olhe como sinceridade
examine-se com vagar se você vive em paz, contente, satisfeito em sua
intimidade; e se não estiver assim, analise se é porque Deus não está em seu
interior, ou se ele aí está, é porque não existe a devida profundidade de amor
e de entrega” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do
ano – Ave-Maria).
Pe. João Bosco Vieira Leite