Terça, 23 de agosto de 2022

(2Cor 10,17—11,2; Sl 148; Mt 13,44-46) 

Santa Rosa de Lima.

“O reino dos céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas” Mt 13,45.

“Nesta parábola, o único aspecto que muda é o cenário; agora é um negociante, um comerciante de pérolas preciosas e raras. Ambas as pérolas têm uma meta comum, uma mesma finalidade. O negociante não poupa viagens nem incômodos para adquirir a pérola preciosa encontrada. O ensinamento doutrinal desta parábola é semelhante ao da parábola anterior: a solicitude pelo Reino. É preciso deixar tudo que é terreno para conseguir o quer é divino. A atitude do comerciante, que vende tudo e se desapega de tudo para conseguir a pérola encontrada, é o ensinamento formal da parábola. Chegamos, pois, a uma condição essencial para a aquisição do Reino: o desprendimento diligente e alegre das riquezas e de todo bem terreno: amarras que atam e impedem o Reino de Deus em nós. O Reino exige renúncia total. A renúncia à matéria tem seu prêmio: a posse de Deus. – Vivência: Guarde em sua alma a graça do Senhor. É essa a pérola preciosa com a qual você poderá obter o Reino dos céus. Com que ímpeto buscaríamos o tesouro do Reino, se conhecêssemos seu verdadeiro valor! Lembre-se que você não poderá rechear seu coração com nada deste mundo. Só Deus é capaz de atender-lhe plenamente os desejos e aquietar-lhe as ansiedades. ‘Nosso coração está inquieto – dizia Santo Agostinho – e não terá paz enquanto não descansar em ti’. Olhe como sinceridade examine-se com vagar se você vive em paz, contente, satisfeito em sua intimidade; e se não estiver assim, analise se é porque Deus não está em seu interior, ou se ele aí está, é porque não existe a devida profundidade de amor e de entrega” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).  

Pe. João Bosco Vieira Leite