Terça, 02 de fevereiro de 2021

(Ml 3,1-4; Sl 23[24]; Lc 2,22-40) 

Apresentação do Senhor.

“Quando se completaram os dias para a purificação da mãe do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém, a fim de apresenta-lo ao Senhor” Lc 2,22.

“A festa de hoje, cuja origem remonta ao século IV, era chama da Purificação de Nossa Senhora lembrando o cumprimento da lei, conforme descrição do segundo capítulo de são Lucas. Quarenta dias após o nascimento Jesus foi levado ao Templo para se cumprir a lei sobre os primogênitos e sobre a purificação da mãe. A reforma litúrgica de 1960, querendo dar o verdadeiro sentido ao acontecimento de origem, que é a oferta de Jesus ao Pai, símbolo do sacrifício da Cruz, deu o nome de Apresentação do Senhor. Nem Jesus, nem Maria estavam sujeitos a essa lei, pois eram sem pecado, mas quiseram dar-nos exemplo de submissão às autoridades. É uma comovente lição de humildade, juntamente com aquela pobreza demonstrada no presépio. O encontro do Senhor com o profeta Simeão e a profetisa Ana no Templo ressalta o caráter sacrificial da celebração e a comunhão pessoal de Maria com a morte de Jesus na cruz. Simeão profetizou a respeito de Maria: ‘Uma espada transpassará tua alma’. Maria, por causa de sua íntima união com a pessoa de Cristo, foi associada ao sacrifício do Filho. O imperador Justiniano havia decretado feriado para todo o império do Oriente nesse dia. Roma adotou a festividade na metade do século VII. O papa Sérgio I instituiu a mais antiga das procissões penitenciais de Roma. Partia da Igreja de santo Adriano e chegava até santa Maria Maior. O rito da bênção das velas se inspirava nas palavras do velho Simeão: ‘Meus olhos viram a tua salvação que preparaste diante de todos os povos, como luz para iluminar as Nações’. Data desde Beda, o Venerável, a notícia que esta procissão opunha-se à procissão dos ‘Lupercalia’ dos romanos e era destinada à reparação das extravagâncias que se fazia em tais circunstâncias” (Mario Sgarbosa e Luigi Giovannini – Um Santo para cada Dia – Paulus).

  Pe. João Bosco Vieira Leite