(Hb 12,18-19.21-24; Sl 47[48]; Mc 6,7-13)
4ª Semana do Tempo Comum.
“Recomendou-lhes que
não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado;
nem pão, nem sacola,
nem dinheiro na cintura” Mc 6,8.
“Quando Jesus enviou
seus discípulos para anunciar o Evangelho do Reino, ordenou-lhes que se
apresentassem como pobres. Ele só lhes permitiu levar, na viagem, um simples
bastão, talvez para se protegerem de animais ferozes, e calçar sandálias, por
causa das longas caminhadas. Tudo mais se reduzia às roupas do corpo. Por que
tanto rigor da parte de Jesus? Agindo assim, os apóstolos não corriam o risco
de atrair gente por motivos alheios à proposta do Reino. Seria inútil recorrer
a eles esperando encontrar o que não fosse estritamente a Palavra de Deus e seu
apelo de conversão. Por outro lado, os apóstolos ficavam livres da tentação de
atrair discípulos para si mesmos, esquecendo-se da sua missão: atraí-los para o
Senhor. Pregando na pobreza, eram forçados a se entregarem totalmente à
providência de Deus, que não lhes deixaria faltar o pão necessário para a
sobrevivência. Esta dependência da caridade alheia, porém, não podia pôr em
questão a gratuidade do ministério dos apóstolos. Esses não pregavam por
interesse, pensando em tirar partido e obter proveitos. Desempenhavam sua
função de maneira desinteressada, deixando à providência a questão do próprio
sustento. Apesar de sua opção pelo despojamento, os discípulos deveriam contra
com a possibilidade de serem rejeitados. Nem por isso estariam dispensados da
missão. – Senhor Jesus, ajuda-me a compreender a importância de
anunciar o teu Reino, na pobreza, totalmente entregue nas mãos da providência
divina” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano
B] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite