(Dt 26,16-19; Sl 118[119]; Mt 5,43-48)
1ª Semana da Quaresma.
“Eu, porém, vos digo,
amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem!
Assim vos tornarei
filhos do vosso Pai que está nos céus,
porque ele faz nascer
o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos” Mt 5,44-45.
“Amar deveria ser uma
tarefa fácil para o cristão, porque primeiramente Deus nos amou e nos ensinou a
amar em toda a sua pregação. Em outra oportunidade aprendemos quando Jesus nos
ensinou a amar o próximo como a nós mesmos. Mas, quem é meu próximo? Quem é que
está mais próximo de nós? Na família, os cônjuges, os filhos, os avós, os tios,
genros, etc. como tem sido essa relação em família? Jesus sabe dessas
dificuldades em família faz a nós um pedido: amar os próprios inimigos. Se amar
os parentes está sendo difícil, como obedecer a esse mandado de Jesus? Uma
ilustração antiga nos mostra como era difícil amar ao inimigo. Hoje, essa
dificuldade continua. A ilustração conta que um sábio rei tinha três filhos e
antes de morrer queria deixar seus bens para o filho que usasse com sabedoria.
Enviou-os para uma terra longínqua e pediu-lhes que só voltassem depois de ter
feito algo que merecesse ser contado. E partiram os filhos. O mais velho depois
de algum tempo voltou e contou ao pai: que havia distribuído todos os seus bens
para os pobres que encontrava pelas estradas. O pai ouviu e se calou. O segundo
filho chegou e contou ao pai: havia trabalhado todo esse tempo que ficou fora
para um asilo de velhos, dando a eles todo o seu dinheiro. Chegou o terceiro
filho e contou ao pai que, nas suas andanças, havia encontrado um seu
conhecido, da cidade onde residia, e que aquele era o seu maior inimigo,
procurado muitas vezes por ele para mata-lo. Ao vê-lo muito doente, em
condições de miséria, teve compaixão dele e o perdoou, levando-o para um local
onde poderia ser curado do seu sofrimento. O pai chamou os seus filhos e
começou a falar-lhes sobre a viagem de cada um, analisando os seus atos. O
filho que havia amado ao seu próprio inimigo recebeu a bênção do pai. – Senhor
meu Deus, ajuda-me a amar os que me perseguem. Amém” (Martinho
Lutero e Iracy Dourado Hoffman – Graças a Deus [1995] –
Vozes).
Pe. João Bosco Vieira
Leite