Sábado, 01 de junho de 2019


(At 18,23-28; Sl 46[47]; Jo 16,23-28) 
6ª Semana da Páscoa.

“Pois o próprio Pai vos ama, porque vós me amastes e acreditastes que eu vim da parte de Deus” Jo 16,27.

“É a vós, Pai, que me dirijo, esta tarde, com confiança tranquila e serena. Vosso Filho ensinou-me que éreis meu Pai, que não deveríamos chamar-vos com outro nome. Sois somente Pai. Pai, venho simplesmente vos dizer que sou vosso filho e o digo seriamente e, todavia, com vontade de rir e de cantar, de tal modo é belo ser vosso filho: é coisa séria, porém, porque me amaste tanto, e eu, tão pouco. Pai. Fazei de mim o que quiserdes; aqui estou para fazer vossa vontade. Vossa vontade, sei, é que me torne semelhante ao vosso Único, o Irmão mais velho que me fez conhecer vosso nome, que me mantenha no mesmo caminho. Sei tudo isso, e com que amor, o aceito! Não tenho forças, ó Pai, apoio-me, porém na vossa. Aqui estou: trabalhai em mim, talhai e cortai, erguei-me e deixai-me sozinho, jamais vos farei a injúria de temer ou de crer que esquecereis de mim; e se eu achar a cruz muito pesada e enxergar tudo escuro, poderei, pelo menos dizer incansavelmente que creio em vosso amor e aceito vossa vontade. Desejo, porém, beber no mesmo cálice que vosso Filho; não mo recusais, ó Pai... Mas não mo recusareis, uma vez que sei ser esta Vontade. Aqui estou, ó Pai; não cesseis de vez de vos causar tristeza, sei porém, que não cessareis jamais de perdoar-me. Quanto ao amor, serei sempre vencido... não, porque me dareis o vosso, dar-me-eis vosso Amor, vosso filho, no qual poderei tudo. Senhor Deus, eis minha vida para que façais dela o que quiserdes, para que façais dela a vida de Jesus Cristo. Não podereis, contudo, impedir que, onde quer que me envieis, alegre ou desolado, doente ou com saúde, plenamente cumulado ou humilhado, o Espírito em mim, clame a vós, veementemente, chamando, imperiosamente, vosso Amor para meus irmãos, os homens que não sabem que sois Pai. Eis aqui minha vida ó Pai, dai-me, porém, meus irmãos, que eu vo-los restitua” (P. Lyonnet – Escrits spirituales – Editora Beneditina Ltda.).   

Pe. João Bosco Vieira Leite