(Is 49,1-6; Sl 138[139]; At 13,22-26; Lc 1,57-66.80)
São João Batista.
“E todos os que
ouviam a notícia ficavam pensando: ‘O que virá a ser este menino?’
De fato, a mão do
Senhor estava com ele” Lc 1,66.
“A mão sobre o ventre
acaricia a vida nova, já quase a chegar. A mãe, com movimento quase
imperceptível, dialoga com o movimento do filho, que só ela sente. E
preocupa-se: que tipo de mundo será esse que vai acolher essa vida? Que
influências sofrerá? Será feliz? As mãos da mãe acariciam o filho que já
chegou. Toda vida vem de Deus e a ele retorna depois de cumprir sua missão. O
que será deste menino? Que Deus o proteja, ela reza em seu coração. A missão que
recebemos de Deus não é um destino previamente traçado ao qual podemos fugir.
Isso é impensável se cremos num Deus Criador que respeita a liberdade que ele
mesmo deu à criatura. Assim é que mesmo os passos mais importantes da história
da salvação quis Deus depender de um sim humano, como o sim de Abraão, o sim de
Maria, o sim de cada um de nós. Cada um disse o seu sim acolhendo os sinais de
Deus no seu momento histórico e cumprindo o seu papel com consciência e atenção
ao convite de Deus. De João Batista os vizinhos perguntavam qual seria a sua
missão. Não demorou a mostrar: viera para prepara os caminhos do Senhor. A
missão dada por Deus a cada um de nós é semelhante àquela de João Batista:
anunciar, antecipar, facilitar, prepara o caminho para a chegada de Deus em
nosso mundo. Não faltam sinais de que a mão do Senhor e de sua Mãe estarão
conosco. – Queremos, Senhor, dizer sim à missão a que amorosamente nos
convidais. Vossos sinais estão visivelmente nítidos nos acontecimentos do tempo
presente, no clamor dos povos, na voz dos necessitados, nas oportunidades que
temos de anunciar o vosso nome. Vossa mão, também não nos faltará. Amém” (João Bosco
Barbosa – Graças a Deus [1995] – Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite