Segunda, 24 de junho de 2019


(Is 49,1-6; Sl 138[139]; At 13,22-26; Lc 1,57-66.80) 
São João Batista.

“E todos os que ouviam a notícia ficavam pensando: ‘O que virá a ser este menino?’
De fato, a mão do Senhor estava com ele” Lc 1,66.

A mão sobre o ventre acaricia a vida nova, já quase a chegar. A mãe, com movimento quase imperceptível, dialoga com o movimento do filho, que só ela sente. E preocupa-se: que tipo de mundo será esse que vai acolher essa vida? Que influências sofrerá? Será feliz? As mãos da mãe acariciam o filho que já chegou. Toda vida vem de Deus e a ele retorna depois de cumprir sua missão. O que será deste menino? Que Deus o proteja, ela reza em seu coração. A missão que recebemos de Deus não é um destino previamente traçado ao qual podemos fugir. Isso é impensável se cremos num Deus Criador que respeita a liberdade que ele mesmo deu à criatura. Assim é que mesmo os passos mais importantes da história da salvação quis Deus depender de um sim humano, como o sim de Abraão, o sim de Maria, o sim de cada um de nós. Cada um disse o seu sim acolhendo os sinais de Deus no seu momento histórico e cumprindo o seu papel com consciência e atenção ao convite de Deus. De João Batista os vizinhos perguntavam qual seria a sua missão. Não demorou a mostrar: viera para prepara os caminhos do Senhor. A missão dada por Deus a cada um de nós é semelhante àquela de João Batista: anunciar, antecipar, facilitar, prepara o caminho para a chegada de Deus em nosso mundo. Não faltam sinais de que a mão do Senhor e de sua Mãe estarão conosco. – Queremos, Senhor, dizer sim à missão a que amorosamente nos convidais. Vossos sinais estão visivelmente nítidos nos acontecimentos do tempo presente, no clamor dos povos, na voz dos necessitados, nas oportunidades que temos de anunciar o vosso nome. Vossa mão, também não nos faltará. Amém (João Bosco Barbosa – Graças a Deus [1995] – Vozes).

Pe. João Bosco Vieira Leite