(2Cor 5,14-21; Sl 102[103]; Mt 5,33-37)
10ª Semana do Tempo Comum.
“E tudo vem de Deus,
que, por Cristo, nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da
reconciliação” 2Cor 5,18.
“Reconciliar-se com
Deus não quer dizer pagar uma pena para aplacar o justo juiz que foi ofendido.
Reconciliar-se com Deus nada tem a ver com punições auto impostas ou castigos
expiatórios. Reconciliar-se, antes de tudo isso, significa voltar para casa,
voltar para o caminho. E nesse processo, Deus sempre dá o primeiro passo. É Ele
quem faz novas todas as coisas, deixando para trás as faltas, as limitações, e
sanando todas as insuficiências, porque sua medida é o amor e não o mérito. O
ministério, ou o serviço da reconciliação, é confiado por Deus a todos os seus
discípulos, enquanto a fé assumida por todos se mostra, necessariamente, como
anúncio dessa misericórdia e desse comportamento amoroso de Deus. Na verdade,
ser discípulo é mediar, anunciar e tornar viva essa misericórdia que envolve
nosso ser e nos reanima. A comunidade desempenha um papel muito importante no
caminho de reconciliação, pois a comunidade é um dos primeiros rostos de Deus
que encontramos e com o qual temos de nos relacionar. Toda a comunidade de fé
precisa ser um ambiente adequado para conversão, para a revisão de vida e para
se buscar a misericórdia. – Tu és, Senhor, misericórdia e perdão,
bondade, benignidade, amparo e consolo para nossa vida. Somos teu povo, tua
família, teus servos. Queremos ser presença viva para todos os irmãos e irmãs
daquilo que o amor realiza em nós. Queremos nos deixar transformar e assumir
verdadeiramente a missão de ministros de tua Palavra. Amém!” (Clauzemir
Makximovitz – Meditações para o dia a dia [2017] –
Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite