(Gn 13,2.5-18; Sl 14[15]; Mt 7,6.12-14)
12ª Semana do Tempo Comum.
“Como é estreita a
porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram!” Mt 7,14.
“A vivência da fé
verdadeira dá trabalho, é exigente. Isso porque a fé não gera conforto
unicamente, mas, antes gera saída de si mesmo. A fé incomoda porque nos faz
pensar e nos leva a nos importarmos com as coisas, a nos sentirmos responsáveis
pelo cuidado. O compromisso com um Deus que liberta a sua criação de amor, um
Deus que escolhe contar com os seres humanos, contar com cada um de nós para
construção de seu Reino definitivo, esse compromisso perpassa a nossa vida em
todos os seus aspectos. Jesus fala da porta estreita porque o caminho cristão
não comporta tantos interesses escusos, não comporta segundas e terceiras
intenções. O discípulo é aquele que não abandona tudo, que foge do mundo, mas
aquele que vê na realidade toda, no mundo todo, essa presença de Deus, essa
santidade que brota do encontro e da comunhão. Esse caminho não permite que
levemos outras opções, não há espaço. Vivemos numa época em que são tantas as
vozes que gritam soluções imediatistas para nossa vida, que vendem felicidade
engarrafadas e satisfação comprimida. São tantos que querem nos dizer o que
fazer, decidir o que é certo ou errado, adequado ou inadequado. Nossa fé não dá
espaço para isso. É fé do compromisso, da maturidade. Quem se faz discípulo tem
de aprender a tomar decisões, escolher livremente e assumir as consequências,
pois Deus é nosso referencial, mas precisamos escolher livremente qual caminho
trilhar. – Tu és o Caminho, a Verdade e a Vida. Que nosso peregrinar
jamais nos afaste do único caminho que gera vida e que possamos nos livrar de
nossos preconceitos, mágoas, orgulho e ganância que nos impedem de caminhar.
Amém!” (Clauzemir Makximovitz – Meditações para o dia a dia [2017]
– Vozes).
Pe. João Bosco Vieira Leite