Terça, 30 de abril de 2019


(At 4,32-37; Sl 92[93]; Jo 3,7-15) 
2ª Semana da Páscoa.

“Nicodemos perguntou: ‘Como é que isso pode acontecer’?” Jo 3,9.

“Não se pode falar do renascimento como se fala de um comportamento externo ou de algo visível. É uma coisa celeste. Somente aquele que esteve nos céus e desceu até nós pode informar realmente sobre a origem da nossa existência. Jesus é o verdadeiro mestre que nos instrui sobre a origem celeste de nossa vida, que nos revela de onde vem a nossa existência. Eu não posso responder realmente nem à pergunta pela origem nem à pergunta pelo como. Mas, pelo simples fato de formular essas perguntas, livro-me das amarras que me prendem a meus problemas. O fato de perguntar já tem um efeito salvífico. A pergunta mostra que sou um mistério para mim mesmo. Meu verdadeiro ser tem uma origem celeste. Não consigo descrevê-lo com termos da terra, assim como não consigo apreender o vento em si. Sabendo do mistério do meu eu espiritual, paro de dar voltas em torno de coisas superficiais. É como um novo nascimento. Já não sou dominado pelo eu que gira em torno de si mesmo, e sim pelo verdadeiro eu próprio em que se imprimiu a imagem de Deus e que se furta a todo conhecimento humano” (Anselm Grun – Jesus: porta para a vida – Loyola).

 Pe. João Bosco Vieira Leite