Sábado, 27 de abril de 2019


(At 4,13-21; Sl 117[118]; Mc 16,9-15) 
Oitava de Páscoa.

“Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado” Mc 16,14.

“Quando andamos por aí encontramos muito cristão triste! Tem até aquele ditado que diz: ‘Um santo triste é um triste santo!’ Parece obvio dizer isto, mas não dá para imaginar alguém que acredita em algo de extrema importância fique assim com aquele jeito amuado de quem está de mal com a vida. A fé dá um ânimo! Que o digam as pessoas que a vivem intensamente! São pessoas brilhantes, encorajadoras, muito otimistas! Pessoas de fé empurram a vida para a frente. Não podemos nem pensar nos companheiros de vida do Senhor, ali, sentados à mesa e brigando por lugar, por precedência, por sobremesa; escolhendo com quem sentar-se para não cruzar com algum desafeto. Às vezes até em grupos religiosos o sentar-se à mesa é cheio daquele silêncio tenso de quem não saboreia a vida que abraçou. Banquete fraterno tem o tempero alegre do gostoso espírito comum. Não é uma reunião de múmias caladas esperando acabar-se em pó. De vez em quando é bom mesmo que venha Jesus para repreender a passividade, a incredulidade, a falta de vitalidade, a esclerose do coração. É bom que ele repreenda, provoque e convoque novamente para fé! A fé faz ver; olhar com os olhos da fé é estar sempre vendo a ressurreição! – Senhor, ajudai-me a ser sempre contente na vida e pela vida que abracei. Amém” (Vitório Mazzuco Filho – Graças a Deus (1995) – Vozes).

Pe. João Bosco Viera Leite