(At 4,13-21; Sl 117[118]; Mc 16,9-15)
Oitava de Páscoa.
“Por fim, Jesus
apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa
da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles
que o tinham visto ressuscitado” Mc 16,14.
“Quando andamos por
aí encontramos muito cristão triste! Tem até aquele ditado que diz: ‘Um santo
triste é um triste santo!’ Parece obvio dizer isto, mas não dá para imaginar
alguém que acredita em algo de extrema importância fique assim com aquele jeito
amuado de quem está de mal com a vida. A fé dá um ânimo! Que o digam as pessoas
que a vivem intensamente! São pessoas brilhantes, encorajadoras, muito
otimistas! Pessoas de fé empurram a vida para a frente. Não podemos nem pensar
nos companheiros de vida do Senhor, ali, sentados à mesa e brigando por lugar,
por precedência, por sobremesa; escolhendo com quem sentar-se para não cruzar
com algum desafeto. Às vezes até em grupos religiosos o sentar-se à mesa é
cheio daquele silêncio tenso de quem não saboreia a vida que abraçou. Banquete
fraterno tem o tempero alegre do gostoso espírito comum. Não é uma reunião de
múmias caladas esperando acabar-se em pó. De vez em quando é bom mesmo que
venha Jesus para repreender a passividade, a incredulidade, a falta de
vitalidade, a esclerose do coração. É bom que ele repreenda, provoque e
convoque novamente para fé! A fé faz ver; olhar com os olhos da fé é estar
sempre vendo a ressurreição! – Senhor, ajudai-me a ser sempre contente
na vida e pela vida que abracei. Amém” (Vitório Mazzuco Filho – Graças
a Deus (1995) – Vozes).
Pe. João Bosco Viera Leite