Terça, 10 de maio de 2016

(At 20,17-27; Sl 67[68]; Jo 17,1-11) 
7ª Semana da Páscoa.

Não é só Jesus que está se despedindo dos seus discípulos. Paulo já cansado e pressentindo a morte se aproximar (no texto é o Espírito santo que o adverte sobre o que está por vir) também enceta uma despedida. Junto aos encarregados das comunidades de Éfeso, faz uma espécie de avaliação do seu ministério, testemunhando a sua entrega pela causa do Reino. Indiretamente Paulo o exorta a perseverança, uma vez que não deixou de oferecer a eles o essencial da fé em Cristo. Nossa Igreja deve especial reconhecimento ao trabalho evangelizador de Paulo. Acompanhamos seus últimos passos.

No meio de seu discurso, Jesus eleva uma oração ao Pai que tem como início a consciência de que sua morte é a sua glorificação, seu amor se completa na cruz. Estranhamente ele parece estar contente por ter chegado a sua hora. Esse trecho é também conhecido como oração sacerdotal: Jesus intercede pelos seus. Nesse amor que se revela entre Ele e o Pai, nós somos incluídos: essa é uma das mensagens principais de Cristo, essa vida de comunhão já é uma experiência de eternidade. “A morte que o aguarda não lhe causa pavor, já que é passagem que o levará ao Pai. Nela se dará a verdadeira Páscoa, a passagem da terra da alienação e do cativeiro para a terra da promessa que é a terra do amor e da glória de Deus. Como cristãos devemos participar desse desejo de Jesus de deixar este mundo e ir ao Pai. Na fé já realizamos essa passagem. E sempre que rezamos, entramos nesse lugar, sentimos saudade da verdadeira pátria em que estaremos em casa para sempre, onde nossos olhos se abrirão e onde veremos Deus como ele é” (Anselm Grun, “Jesus, porta para a vida”).


Pe. João Bosco Vieira Leite