Quinta, 12 de maio de 2016

(At 22,30;23,6-11; Sl 15[16]; Jo 17,20-26) 
7ª Semana da Páscoa.

Nesse ‘julgamento’ de Paulo, parece que ele usa de uma estratégia para escapar de uma prévia condenação ao provocar a discussão sobre a crença na ressurreição, ponto nevrálgico entre fariseus e saduceus. Assim o seu julgamento se arrasta até Roma, onde dará o testemunho final, conforme o Senhor lhe falara. O salmo que se segue expressa o pedido de ajuda, mas também na confiança em Deus que na realidade está na condução de todo o processo.  

Retorna, na oração de Jesus, o tema da unidade em sua parte final com um pouco mais de ênfase e com clareza. A unidade servirá de testemunho ao mundo sobre a fé da Igreja. “Mas além da Igreja, João visa com esse pedido pela unidade também o indivíduo. [...] Jesus, em quem Deus se fez carne, é símbolo dessa unidade. Nele se realizou a unidade entre o divino e o humano, entre a luz e as trevas, entre o espírito e a matéria. Jesus nos mostra o caminho da unificação. Devemos ser como o Pai e o Filho são um. Descendo à terra, Jesus elevou tudo o que está disperso, integrando-o na unidade de Deus. Como Jesus, também nós devemos descer aos abismos de nossa alma para elevar a Deus tudo o que é treva, caos, doença, desventura. Quando tudo o que há dentro de nós for penetrado pela luz e pelo amor de Deus, brilhará em nós a glória de Deus e tudo será uma coisa só com Deus”. (Anselm Grun, “Jesus, porta para a vida”).   


Pe. João Bosco Vieira Leite