Segunda, 30 de maio de 2016

(2Pd 1,2-7; Sl 90[91]; Mc 12,1-12) 
9ª Semana do Tempo Comum.

Hoje temos um trecho da 2ª Carta de Pedro, que é muito breve, apenas 3 capítulos, certamente escrita por um dos seus discípulos que lhe deu o nome do Apóstolo para conferir autoridade ao que afirma. Com tons duros e vocabulário por vezes difícil, manifesta o ímpeto de um anunciador de Cristo, obrigado a assistir à difusão de doutrinas falsas, corruptoras da mensagem evangélica, precisamente no momento em que sente próxima a morte (cf. 1,14) e por isso nota nitidamente que tem pouca margem para intervir. Sua carta é um testemunho de que os seus ensinamentos foram recebidos dos profetas e dos apóstolos.  Nesse trecho ele introduz um pequeno painel da vida cristã, onde os dons de bem e de graça foram derramados por Deus, que devem levar a uma busca de comunhão sempre maior com Ele, e no esforço pessoal que vai da fé ao amor.

Jesus já tinha criado uma certa confusão com a expulsão dos vendilhões do Templo e provocado a ira das autoridades religiosas. Jesus então conta uma parábola que não é de difícil interpretação, pois fala do próprio destino e seus ouvintes compreenderam facilmente ao que Ele se referia e se sentiram expostos (as autoridades). A parábola salienta a paciência de Deus para com o seu povo, só lhe restando um último recurso: enviar o Filho. Jesus ainda aplica a si a imagem do salmo 118, fazendo referência à pedra rejeitada pelos construtores. Talvez o texto nos alerte para uma possível indiferença a esse amor de Deus por nós, impedindo-o de ter em nós alcance envolvente que poderia mudar o nosso modo de viver e de ser.


Pe. João Bosco Vieira Leite