(Jd 17.20-25; Sl 62[63]; Mc 11,27-33)
8ª Semana do Tempo comum.
Nossa semana termina com esse breve
trecho da carta de Judas. Ela é tão breve que nem precisa de subdivisão em
capítulos, por isso essa estranha citação, única, da carta, na liturgia. “O
tema tratado é só um: o dos mestres do erro, orgulhosos e aduladores,
libertinos e escravos das suas paixões, inspiradores e provocadores de divisões
na comunidade” (Lecionário Comentado – Paulus). O texto parece dar
uma conclusão ao que viemos escutando do autor da Carta de Pedro nos convidando
a manter-nos no amor de Deus e ajudar aos que na caminhada ainda não estejam
firmes na fé.
A atitude de Jesus e o peso de suas
palavras levam os mestres e anciãos a perguntarem sobre sua autoridade, não só
sobre o ocorrido no Templo, mas toda a atividade de Jesus até então e que
certamente eles tinham conhecimento. Jesus não responde porque eles não
acolheriam tal revelação, como não acolheram a João Batista. É impossível
convencer a quem se nega a crer, depois de tudo que viu e ouviu. A questão é o
fato de Jesus se apresentar como o Messias. João veio preparar-lhe o caminho,
mas estes não o acolheram nem acreditaram em João. É o processo da paixão que
se acena na narrativa do autor.
Pe. João Bosco Vieira Leite