Quarta, 18 de maio de 2016

(Tg 4,13-17; Sl 48[49]; Mc 9,38-40) 
7ª Semana do Tempo Comum.

Nossos antepassados parecem que leram essa carta de Tiago. Todo e qualquer projeto pessoal ou comunitário sempre era finalizado pela expressão: ‘se Deus quiser’. Numa compreensão de que tudo está na mão de Deus, por mais que o homem possa se afadigar por alcançar os seus objetivos. Talvez essa fosse a consciência comum de que muitas coisas escapam ao nosso controle e que nem sempre é sábio insistir em certos planos que percebemos não dar muito certo. O texto também critica fortunas muito rápidas e o acúmulo: para quem vai ficar tudo isso uma vez que a existência é breve?

Jesus convida seus discípulos a um exercício de tolerância, seu nome não é monopólio da comunidade cristã. É provável que o texto faça alusão a exorcistas existentes no tempo de Jesus que passaram a acrescentar seu nome em tais práticas. Um olhar mais global ajuda-nos a perceber as sementes do cristianismo espalhadas em ambientes que não são declaradamente cristãos. Um olhar mais sereno e humilde nos faz perceber a ação de Deus para além do nosso alcance e onde não podemos chegar. Sejamos gratos por isso.



Pe. João Bosco Vieira Leite