Segunda, 23 de maio de 2016

(1Pd 1,3-9; Sl 110[111]; Mc 10,17-27) 
8ª Semana do Tempo Comum.

De hoje até sexta, excetuando a quinta-feira, acompanharemos a leitura semicontínua da 1ª carta de São Pedro. No centro de sua reflexão está a realidade batismal, como se fossem pequenas homilias insistindo sobre sua dignidade, do elevar a natureza humana.  Em nosso pequeno trecho temos a compreensão que toda salvação, desde o começo do batismo, ao longo da existência, até a consumação, é obra de Deus Pai por meio de Jesus Cristo. Nele cremos, e o amamos, mesmo sem ter visto, e isto é também o começo da esperança que nos acompanhará ao longo do caminho. Nele se inclui sofrimentos, que são provações e purificam a fé. Rezamos com Pedro na certeza de comungarmos dessa mesma fé e esperança.


O episódio do homem que possui riquezas, que observa os mandamentos divinos, mas não consegue dar esse salto na fé para seguir a Jesus, não assusta só aos discípulos, a nós também. O que nos falta para verdadeiramente seguir a Jesus? Que teríamos que abandonar? “Para outros seguidores de Jesus, não é dos bens que eles devem desfazer-se; o que os atrapalha pode ser igualmente o próprio sucesso, sua própria imagem de Deus, a imagem de si mesmo, suas concepções de vida, seus hábitos, seus relacionamentos. [...] No jovem do evangelho, o medo foi maior que o desejo da vida eterna, da verdadeira vida. Por isso ele se afastou com tristeza. O episódio está aí para me advertir: não devo ficar triste e ir embora, devo separar-me daquilo que me amarra. Assim experimentarei a liberdade e a amplidão no seguimento de Jesus” (Anselm Grun, “Jesus, caminho para a liberdade”).

Pe. João Bosco Vieira Leite