(Rm 12,5-16; Sl 130[131]; Lc 14,15-24) 31ª Semana do Tempo Comum.
“Pois eu vos digo, nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete” Lc 14,24.
“O convite foi feito por Deus a todos os homens de boa vontade e de coração limpo; o Senhor mostrou sua infinita generosidade, não a limitou a uns ou a outros. Mas nós cristãos não temos sido tão generosos em acorrer a esse banquete como o Pai celestial ao convidar-nos. São muitos os que por pretextos banais se negam a participar. ‘Comprei um terreno e preciso sair para vê-lo’ (v. 18); são os negócios, o apego exagerado e descontrolado aos bens desse mundo. ‘Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las’ (v. 19). Tem-se tempo para tudo, no entanto não se tem tempo para dedicar ao espírito, cumprem-se as obrigações pessoais, de trabalho e sociais, isto é, fica-se em dia com tudo e com todos, menos com Deus. Para orar não existe tempo; para rezar o rosário da Virgem não há tempo; para oferecer o santo sacrifício eucarístico e comungar não há tempo; para destinar alguns momentos diários à meditação das coisas referentes ao Reino de Deus não há tempo, para ler a palavra de Deus na Sagrada Bíblia não há tempo, ainda que haja tempo para leituras vazias e frívolas, para a leitura do jornal, para ver até a última série da televisão, embora se percam cada dia preciosos minutos com conversas vazias e sem nenhum significado com os vizinhos, conhecidos, ou amigos; embora, infalivelmente, cada dia se dediquem religiosa e escrupulosamente preciosos minutos para tomar alguns cafés, enquanto se ataca a política, a situação econômica, ou nacional e mil outros assuntos” (Alfonso Milagro – O Evangelho meditado para cada dia do ano – Ave-Maria).
Pe. João Bosco Vieira Leite