Quinta, 13 de novembro de 2025

(Sb 7,22—8,1; Sl 118[119]; Lc 17,20-25) 32ª Semana do Tempo Comum.

“... os fariseus perguntaram a Jesus sobre o momento em que chegaria o Reino de Deus. Jesus respondeu:

‘O Reino de Deus não vem ostensivamente’” Lc 17,20.

“No tempo de Jesus, eram fortes as expectativas do fim do mundo e da manifestação de Deus na história humana. A dominação estrangeira já se tornara insuportável. A falta de liberdade, certas atitudes abusivas das autoridades romanas, e o cansaço pela espera do fim geravam uma febre escatológica. Acabava-se por ver o Messias, em toda parte. Certos grupos, de caráter apocalíptico, iam além. Chegavam a estabelecer calendários, calcular datas, determinar sinais indicativos da consumação dos tempos. É possível que suas descrições aterradoras de guerras, fome e pestes acabassem por gerar um clima de terror no coração das pessoas. Os fariseus, por sua vez, pregavam o caminho da estrita observância da Lei e a penitência como a forma de melhor preparar-se para a chegada do Messias. Os essênios segregaram-se no deserto, às margens do Mar Morto, formando uma comunidade continuamente voltada para as purificações rituais, à espera do Messias vindouro. Jesus procurou libertar os discípulos deste escatologismo inútil. Em primeiro lugar, porque o Reino de Deus já estava presente na história humana, na ação do Filho de Deus. Em tudo quanto fazia ou pregava, era o próprio Deus interpelando a humanidade. Em segundo lugar, porque, por ocasião da segunda vinda do Messias, todos haveriam de dar-se conta de sua chegada. Por seguinte, qualquer preocupação a este respeito seria desnecessária. – Espírito de serenidade, diante da expectativa do Senhor que vem, mantém-me sereno, empenhado em viver o amor (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite