(Zc 2,14-17; Sl Lc 1; Mt 12,46-50) Apresentação da Bem-aventurada Virgem Maria.
“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho habitar no meio de ti, diz o Senhor” Zc 2,14.
“Com toda a existência de Maria, a partir da encarnação do Verbo, é iluminada por esse acontecimento (pensemos na Assunção), assim tudo o que em sua vida procedeu a encarnação foi em vista do cumprimento desse mistério (pensemos na Imaculada Conceição). A bem-aventurança da escuta, de fato, não se improvisa! A ela preparar-se ao longo do tempo, dia após dia. Devemos, pois, pensar que Maria tenha sido educada e educou-se, na sua infância e adolescência, segundo as tradições de Israel, ou seja, com o olhar e o coração fixos no lugar da presença de Deus, o templo precisamente. À consagração de Deus a Israel, pelo dom da sua Palavra-presença, deve corresponder a consagração, a doação de Israel a Deus, segundo o espírito e a vida da Aliança. E o templo, na sua acepção simbólica mais pura, é chamado a significar justamente este mútuo encontro nupcial. Eis por que em Jerusalém Israel saboreia a alegria de ser o povo consagrado ‘pelo’ e ‘ao’ Senhor e por que, após a tristeza do exílio, é em Sião (a rocha na qual se erguia o templo) que novamente explode o anúncio: ‘Alegra-te, exulta, Filha de Sião, porque eis que eu venho habitar no teu meio – oráculo do Senhor’ (cf. primeira leitura: Zc 2,14-17)” (Corrado Maggioni – Maria na Igreja em Oração – Paulus).
Pe. João Bosco Vieira Leite