Segunda, 10 de novembro de 2025

(Sb 1,1-7; Sl 138[139]; Lc 17,1-6) 32ª Semana do Tempo Comum.

“Se ele pecar contra ti sete vezes num só dia e sete vezes vier a ti, dizendo: ‘Estou arrependido’,

tu deves perdoá-lo’” Lc 17,4.

“A comunidade cristã não é feita de pessoas santas ou incapazes de pecar. Pelo contrário, comporta, entre seus membros, gente afetada pelo egoísmo e sempre disposta a romper os laços fraternos, que mantém a unidade entre os cristãos. Uma comunidade esfacelada é o pior contra testemunho do reino que possa existir. É uma declaração tácita de que o amor é impraticável, e a força do egoísmo, inexorável. Daí a exigência de o cristão se predispor, continuamente, a refazer os laços rompidos. Capitular seria um gesto anticristão, incompatível com as exigências do Reino. A reconstrução da comunidade cindida pela inimizade processa-se num duplo movimento: o reconhecimento do pecado, por parte de quem ofende o irmão, e a oferta de perdão, por parte de quem ofendido. É uma questão de boa vontade e de se deixar mover pela graça. Quem peca, deve ter consciência de suas faltas e das consequências negativas para a comunidade. O passo seguinte consiste em ser capaz de declarar-se arrependido e pedir perdão. É preciso ter a humildade de refazer este mesmo caminho, quantas vezes forem necessárias. Quem foi vítima da ofensa alheia, deve estar sempre pronto a perdoar, sem conservar ressentimento ou rancor no coração. Reconhecendo que o pecado resulta da fraqueza humana, terá para com o pecador arrependido a mesma paciência de Deus. – Espírito de reconciliação, que eu tenha o coração sempre aberto tanto para pedir perdão, quanto para oferecê-lo a quem tiver ofendido (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

 Pe. João Bosco Vieira Leite