Terça, 11 de novembro de 2025

(Sb 2,23—3,9; Sl 33[34]; Lc 17,7-10) 32ª Semana do Tempo Comum.

“Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada uma desgraça,

e sua partida do meio de nós, uma destruição; mas eles estão em paz” Sb 3,2-3

“O texto deve situar-se no contexto precedente de Sb 2,1-12, onde o autor do livro refere o lamento dos ímpios sobre a tristeza e a brevidade da vida. Eles estão convencidos de que a morte representa o fim de tudo, que não existe uma vida no além e, portanto, é necessário gozar apenas os bens presentes. O sábio responde a estas afirmações e contrapõe a atitude dos justos à dos ímpios. [Compreender a Palavra:] Os ímpios e os justos correspondem a duas categorias diferentes de hebreus: os ímpios representam aqueles habitantes de Alexandria do Egito, lugar onde se presume que o livro tenha sido escrito, que em nome da cultura grega tinham abandonado a fé de seus pais; os justos são os que permanecem fiéis à tradição da Torá. Depois do discurso dos ímpios, o autor intervém para observar como os ímpios não possuem nem conheceram os ‘mistérios’ de Deus (Cf. Sb 2,22), nem compreenderam os seus desígnios. Excluindo a possibilidade de uma vida depois da morte, eles continuaram a obra do Demónio e agora sofrem uma experiência dolorosa. Pelo contrário, as almas dos justos estão ‘na mão de Deus’ (3,1). De fato, Deus criou-os para a ‘incorruptibilidade’. Na vida foram submetidos a provas difíceis, mas têm uma esperança ‘cheia de imortalidade’ (3,4): no dia do seu juízo receberão esplendor, glória e compreensão da verdade” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

 Pe. João Bosco Vieira Leite