(Rm 7,18-25; Sl 118[119]; Lc 12,54-59) 29ª Semana do Tempo Comum.
“Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado,
procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Senão ele te levará ao juiz,
o juiz te entregará ao guarda e o guarda te jogará na cadeia” Lc 12,58.
“A parábola dos inimigos a caminho do tribunal quer mostrar aos discípulos a necessidade inadiável de aderir, sem restrições, ao Reino, e deixar-se transformar por ele, antes da chegada do Senhor. O fato da vida, que serve como referencial para a parábola, funda-se no bom senso: é preferível reconciliar-se antes de comparecer diante do juiz, para evitar ser submetido a pesados castigos. Por outro lado, a necessidade de reconciliação é mais forte entre os pobres. Resolver os problemas, sem a necessidade de processo judicial, é o caminho para se evitar a prisão ou outro tipo de condenação. Jesus oferecia aos seus a última chance de conversão. Adiar tal decisão poderia resultar em consequências trágicas. Seria mais inteligente reconciliar-se, imediatamente, com Deus e com o próximo. Jesus admirava-se da capacidade de discernimento das pessoas em relação às coisas do mundo, como também, da incapacidade de discernir quais atitudes deveriam tomar, em se tratando da salvação. Ou seja, a incapacidade de acolher sua palavra, seu convite a aderir ao Reino. Só um louco haveria de preferir ver-se diante do tribunal, correndo o risco de ser severamente punido. No entanto, os contemporâneos de Jesus acharam por bem virar-lhe as costas. – Espírito que move à decisão, faze-me suficientemente sensato para não adiar ainda mais minha decisão de viver, de fato, reconciliado com Deus e com meu próximo” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).
Pe. João Bosco Vieira Leite