Segunda, 20 de outubro de 2025

 (Rm 4,20-25; Sl Lc 1; Lc 12,13-21) 29º Semana do Tempo Comum.

“E disse-lhes: ‘Atenção! Tomai cuidado contra todo tipo de ganância, porque mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida de um homem não consiste na abundância de muitos bens’” Lc 12,15.

“Jesus deve ter percebido a mentalidade de muitas pessoas exageradamente preocupadas em adquirir e acumular bens. Se os discípulos desejassem ser fiéis ao Reino, deveriam precaver-se contra atitudes deste gênero. Daí a preocupação do Mestre em alertá-los. Tudo, na vida do rico, gira em torno do próprio eu: ‘meus celeiros’, ‘meu trigo’, ‘meus bens’. Em sua vida, não existe espaço para Deus e para o próximo. Tudo é pensado em função de sua satisfação pessoal: ‘Ó minha alma, descansa, come, bebe, regala-te, pois tens bens acumulados para muitos anos’. Solidariedade, partilha, misericórdia são palavras banidas de seu vocabulário. Sua avareza impede-o de sensibilizar-se diante das necessidades do próximo. Todavia, como não somos feitos só para esta vida, a morte confronta-nos com outra realidade: a vida eterna. Aqui, só têm valor os gestos de fraternidade, a bondade para com os excluídos e carentes, a capacidade de fazer-se próximo de quem sofre. Este é o verdadeiro tesouro a ser acumulado durante a vida terrena. Os bens materiais, quando partilhados, podem ser instrumentos para adquirir este tesouro eterno. Acumulá-los significa torna-lo infrutíferos, ou seja, inúteis. O discípulo do Reino, por ter seu coração centrado em Deus e no próximo, sabe ser generosos com quem necessita de ajuda fraterna. – Espírito de partilha fraterna, afasta para longe de mim toda avareza, porque ela me impede de manifestar meu amor ao próximo, partilhando com ele os meus bens (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite