Quarta, 15 de outubro de 2025

(Rm 2,1-11; Sl 61[62]; Lc 11,42-46) 28ª Semana do Tempo Comum.

“Ai de vós, fariseus, porque pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas deixais de lado a justiça e o amor de Deus. Vós deveríeis praticar isso sem deixar de lado aquilo” Lc 11,42.

“É sempre grande o risco de perder tempo com coisas secundárias, enquanto o essencial é deixado de lado. Esta inversão perigosa na vida do fariseu foi denunciada. Estes eram ciosos no pagamento do dízimo das hortaliças. Contudo, para eles, a prática da justiça e o trato misericordioso com o próximo, o exemplo de Deus, tinha pouca importância. Preocupavam-se em ocupar lugares de honra e ser cumprimentados, descurando a humildade e a simplicidade. Cuidavam de mostrar-se, exteriormente, como pessoas justas e santas, sem perceber que a autêntica justiça e a santidade situam-se no coração. As coisas secundárias supervalorizadas geralmente correspondem a gestos com os quais se pensa agradar a Deus, descuidando-se do próximo. É o caso do pagamento do imposto das hortaliças. As coisas essenciais dizem respeito ao próximo com os quais Deus exige que se pratique a misericórdia e a justiça. Na espiritualidade bíblica, esta é a verdadeira forma de agradar a Deus, porque o semelhante é a mediação obrigatória do relacionamento com ele. Querer chegar a Deus, prescindindo dos semelhantes, é escolher o caminho da própria condenação. – Espírito de amor ao próximo, que o relacionamento com os meus semelhantes seja sempre carregado de misericórdia” (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite