Quinta, 30 de outubro de 2025

(Rm 8,31-39; Sl 108[109]; Lc 13,31-35) 30ª Semana do Tempo Comum.

“... nem a altura nem a profundeza, nem outra criatura qualquer será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor” Rm 8,39.

“Com o texto de hoje, Paulo conclui o importante capítulo oitavo da Carta aos Romanos e toda a seção argumentativa dos capítulos 5-9, apoiada no estudo dos crentes. Uma série de perguntas retóricas (vv. 31-35) e de enumerações (vv. 35,38-39) pretendem instalar nos leitores sentimentos de confiança absoluta na eficácia do amor de Deus que nos foi comunicado. [Compreender a Palavra:] Impressionados pela grandiosidade da atuação de Deus e da realidade da condição humana que dela brota, Paulo sublinha a confiança que isto faz nascer nos crentes, projetando o olhar para o último futuro. Fingido um imaginário tribunal processual, o Apóstolo pergunta-se quem poderá estar contra nós, ou seja, levantar-se como acusador a nosso respeito. Uma tal pergunta, como todas as da presente seção, é retórica, isto é, pressupõe já a resposta, enquanto nada pode separar-nos do amor de Deus, historicamente revelado em Jesus Cristo e continuamente operante na nossa vida. A consciência da salvação, agora experimentada, é para nós garantia do encontro escatológico com um Deus que continua a amar-nos e a salvar-nos. Para sublinhar este aspecto, Paulo passa em revista algumas entidades históricas (v. 35) e cósmica (vv. 38-39), assegurando com vigor uma convicção basilar da fé: ‘Nada pode separar-nos do amor de Deus’ (cf. v. 39)” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus). 


Pe. João Bosco Vieira Leite