Quinta, 23 de outubro de 2025

(Rm 6,19-23; Sl 1; Lc 12,49-53) 29ª Semana do Tempo Comum.                

“Agora, porém, libertados do pecado e como escravos de Deus, frutificais para a santidade até a vida eterna, que é a meta final” Rm 6,22.

“Continua a argumentação entre o indicativo da condição crente e o imperativo do compromisso responsável consequente. A característica destes versículos é também a dialética entre a atitude de antes e agora (v. 19), com a qual se aproxime a efetividade da mudança acontecida na vida dos batizados: outrora estávamos submetidos ao domínio do pecado, agora estamos livres dele, para vivermos para Deus. [Compreender a Palavra:] A partir de Rm 5, o ‘pecado’ é apresentado por Paulo como um sujeito personificado, para indicar a sua dimensão de estrutura prévia, que condiciona as opções dos indivíduos, Cristo libertou-nos deste domínio. Mas a liberdade do crente não é só uma liberdade do pecado: é necessariamente uma ‘liberdade’ orientada para realizar na vida a vontade de Deus (justiça). Uma liberdade entendida somente como ‘liberdade de alguma coisa’ é pura potencialidade, espaço vazio para a própria autodeterminação, que requer ser preenchido por opções responsáveis e por comportamentos consequenciais. O indivíduo não pode viver num espaço eticamente neutro: ele manifesta, com as suas ações, a sua orientar-se efetivamente para a vontade de Deus. O fruto de uma vida assim orientada é a plenitude da vida na comunhão eterna com Deus e com Cristo Jesus, Nosso Senhor” (Giuseppe Casarin – Lecionário Comentado [Tempo Comum – Vol. 2] – Paulus).

Pe. João Bosco Vieira Leite