(Hb 11,1-2.8-19; Sl Lc 1; Mc 4,35-41) 3ª Semana do Tempo Comum.
“Então Jesus perguntou aos discípulos:
porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” Mc 4,40.
“Disse
Sêneca: ‘As coisas que nos assustam são em maior número do que as que
efetivamente fazem mal. Afligimo-nos mais pelas aparências do que pelos fatos
reais’. Jesus estava ciente que a maior parte dos nossos medos são imaginários,
estão na mente e, assim, sofremos por antecipação e sem necessidade. Mas, mais
do que isso, o Cristo faz um contraponto entre medo e fé. É como se a fé
expulsasse o medo, ambos não conseguem conviver muito bem. A Carta aso Hebreus
nos traz uma interessante definição de fé como sendo ‘a certeza do que vamos
receber, as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não
podemos ver’ (Hb 11,1). Assim sendo, se esperamos boas coisas, receberemos boas
coisas. Por outro lado, se, influenciados pelo medo limitador, aguardamos
coisas ruins, corre o risco de que elas nos alcancem de fato. Podemos, pela fé,
atrair sobre nossas vidas o bem ou o mal. Certa vez, um colega de seminário
disse-me que ‘medo é fé no inimigo’, e parece que é por aí mesmo... Quando
afirmamos medo, estamos declarando que acreditamos que a negatividade tem mais
poder do que a positividade e, se cremos assim, assim será conosco, mas também
vale ao contrário. Por isso, atraia a prosperidade, a saúde e a felicidade com
pensamentos positivos. O bem é sempre mais poderoso que o mal. É o nosso medo que
concede poder ao lado negativo. Mas, se nos mantivermos confiantes e enchermos
nossas mentes com fé, não haverá espaço para nenhum medo e nenhuma
negatividade. ‘Se tens fé, acharás que o caminho da virtude e da felicidade é
muito curto’ (Marcus Fabius Quintilianus). – Deus de toda bondade,
enche nossos corações com o dom da fé, para que expulsemos dele todo medo que
atrofia a existência humana. Faze-nos confiantes e amoráveis sempre. Amém” (Sandro Bussinger Sampaio – Meditações
para o dia a dia [2015] Vozes).
Pe.
João Bosco Vieira Leite