Domingo da Apresentação do Senhor

 (Ml 3,1-4; Sl 23[24]; Hb 2,14-18; Lc 2,22-40)

“Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés,

Maria e José levaram Jesus à Jerusalém, a fim de apresentá-lo ao Senhor” Lc 2,22.

“O rito da apresentação do menino Jesus, no Templo, tinha o mesmo sentido da consagração a Deus de todo primogênito, quer de seres humanos quer de animais. Quem era submetido ao rito passava a ser propriedade divina. Que sentido tinha oferecer a Deus quem era seu próprio dom à humanidade? Terá sido a apresentação, no caso de Jesus, mero ritualismo, desprovido de sentido? Por se tratar do Filho de Deus, essa apresentação tem sentido suplementar. Ela dá relevo especial à condição divina de Jesus, que é o Santo de Deus, nascido pela força do Espírito Santo. Sem desmerecer sua condição humana, ele se projeta para além dos limites puramente humanos. Pertence a Deus, e como Filho de Deus exercerá sua missão. A condição de consagrado aponta para seu absoluto enraizamento no Pai, sem possibilidade alguma de desviar-se do projeto dele. O coração de Jesus estava imune de idolatria. Aí só havia lugar para o Pai. A consagração, porém, não o privava de sua condição humana. Como consagrado, haveria de empenhar-se totalmente em fazer o bem, e em ajudar a humanidade a se tornar digna de sua pertença pessoal a Deus. – Espírito de consagração a Deus, dá-me forças para viver minha consagração, a fim de que, como Jesus, eu esteja totalmente enraizado no Pai e a serviço dele”. (Pe. Jaldemir Vitório, sj – O Evangelho nosso de Cada Dia [Ano C] - Paulinas).

Pe. João Bosco Vieira Leite